Gestores, coordenadores e a alta administração do Tribunal de Justiça participaram nesta quarta-feira (07 de maio) da primeira reunião de implantação do projeto Gestão por Competência no Poder Judiciário. Realizada na Escola dos Servidores, a apresentação do tema foi feita pelo consultor Rogério Leme e serviu para expor o que está sendo feito no processo de mapeamento de competências e na estruturação dos trabalhos internos no Tribunal.

“Nesta primeira reunião nós mostramos aos servidores o objetivo do projeto e, principalmente, afirmamos que neste processo não entra punição, muito pelo contrário, ele tem o objetivo focar no desenvolvimento dos profissionais de forma a gerar os melhores resultados para a Instituição. O processo de implantação do projeto é construtivo e participativo e precisa da adesão de todos, não queremos nenhuma fórmula pronta.”, explicou Leme.

Na oportunidade, o consultor explicitou também que gestão por competência é a identificação do que cada pessoa precisa conhecer e dominar para executar as suas atribuições, o mapeamento do papel do profissional dentro da instituição e a análise de quais os comportamentos que são esperados. Todas essas considerações são realizadas pensando no cargo existente na instituição e não em quem ocupa o cargo.

Este modelo de gestão apresentado trabalha o desempenho com foco em competências baseados nos pilares da transparência, da justiça, da meritocracia e do desenvolvimento do servidor. Depois de implantado será possível identificar as competências necessárias para o desempenho de cada cargo. Com isso ficará mais fácil distinguir quais capacitação são necessárias para cada servidor e, assim, otimizar os recursos de capacitação. “O reflexo é imediato, servidores capacitados, geram melhores resultados, melhores prestações jurisdicionais para a sociedade.”, explicou o consultor.

O presidente do TJMT, desembargador Orlando Perri, ressaltou durante a reunião que desde que assumiu a maior preocupação é com a área de Recursos Humanos, isto porque até hoje foi feito pouco investimento neste setor. “Os números do CNJ mostram que o Judiciário mato-grossense, embora tenha uma quantidade considerável de servidores, produz muito pouco e é evidente que este resultado é fruto da falta da avaliação de desempenho profissional. A equipe de RH está trabalhando diuturnamente para promover esta implantação”, afirmou Perri.

O magistrado destacou ainda que a implantação do projeto Gestão por Competência vai privilegiar aqueles servidores que trabalham muito em prol do judiciário. “Queremos ser justos com os servidores que suam a camisa, que realmente trabalham. Quem não conhece um colega que trabalha pouco, mas ganha todas as regalias iguais aos que trabalham muito? Isso vai acabar. Não vai progredir verticalmente na carreira, quem não produzir a quantidade necessária”.

As avaliações dos servidores começaram no final do ano passado. Neste ano, de setembro a novembro, será realizada a segunda, quando já será avaliada a produtividade individual. De acordo com a coordenadora de Recursos Humanos, Renata Bueno, a gestão por competência é um produto do Sistema de Desenvolvimento de Carreiras e Remuneração (SDCR) que está sendo implantado efetivamente nesta gestão.