Na ação de reparação de danos morais que move contra o cantor Gustavo Lima e as empresas Audiomix, Villa Mix e Unifort Segurança, a estudante de enfermagem, Hosana Priscila de Oliveira Lopes, de 20 anos, faz revelações importantes sobre a sua vida após o episódio em que ficou nua durante a edição do festival sertanejo realizado no dia 22 de março no SESI Papa, em Cuiabá. Ela foi filmada pelada nos camarins e áreas comuns do evento e agora tenta receber uma indenização de R$ 5,7 milhões dos envolvidos no evento.

Para comprovar os supostos danos morais com o episódio, a defesa da estudante argumentou que a estudante passou a ser constrangida recebendo propostas até para programas sexuais. “Após o fato massificado em redes sociais e mídia, a requerente não suportava mais ligações para seu telefone pessoal que foi descoberto e divulgado. Diversas pessoas ligavam não só para xingar, mas para falar a respeito de programas e sugestão de prostituição”, conta a petição do processo que tramita na 7ª Vara Cível de Cuiabá.

Hosana também argumentou que teve paralisar a faculdade de enfermagem diante das “injúrias e difamações”. “A requerente foi instigada na rua por várias vezes se era a Peladona do Villa Mix e ainda teve de suportar apontadas de dedo em sua direção com comentários maldosos”, contextualiza.

Segundo a petição, a estudante também mudou de Cuiabá após o episódio. Hoje, ela se encontra em um local incerto e não sabido.

Hosana também questiona o papel dos veículos na divulgação do episódio em que a jovem alega ter sido dopada nos camarins do cantor Gusttavo Lima e depois fazendo um strip-tease instigada pelos funcionários do evento. “Alguns podem refutar que a requerente quis apenas aparecer, mas estes desconhecem as circunstâncias geradoras do fato. Neste choque de direitos fundamentais, vimos que o direito a informação neste caso possui tão-só conteúdo bombástico, de caráter midiático e sensacionalista, onde a mídia e seguidores oportunizam o simples prazer de crucificar quem já se encontra crucificado e condenado a morte”, disse.

Na ação movida, a estudante pede somente a Gusttavo Lima a indenização no valor de R$ 5 milhões. Ela argumenta que cometeu o fato após ir ao camarim do cantor no festival , onde teria consumido sem saber drogas ilícitas. “A requerente se lembra de alguns flash de memória e se recorda do momento em que o cantor Gusttavo Lima entrou no ônibus antes mesmo de sair do estacionamento”, relata.

Hosana ainda solicita detalhadamente R$ 500 mil da Audiomix e Villa Mix “para fins sancionatórios e pedagógicos”. Já da Unifort, ela pede R$ 200 mil por “utilização indevida da imagem” dela, já que os vídeos em que aparece pelada teriam sido gravados por seguranças da empresa.

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