Sexta-Feira, 31 de Janeiro de 2025, 21h00
PRAZER EM XEQUE
Ficar sem sexo pode fazer mal à saúde mental e física?
O TEMPO
A musa fitness Gracyanne Barbosa está há quase 30 dias sem sexo, se contarmos o tempo de confinamento no hotel até a entrada dela no “Big Brother Brasil 25”. E isso para ela é uma tortura. “Para mim, realmente, é difícil. Eu gosto de transar todo dia. Eu acho insuportável”, desabafou a ex-mulher do cantor Belo em conversa com o ginasta Diego Hypolito.
Gracyanne também comentou que tentou levar um vibrador para a berlinda, mas que não conseguiu entrar com o objeto, e disse que está em “abstinência de uma coisa que não dá para fazer aqui”, se referindo ao fato de não manter relações sexuais dentro do confinamento. Os comentários da influenciadora vem levantado um debate sobre as consequências mentais e físicas de ficar sem sexo.
Médico urologista e andrologista, Yuri Lobato afirma que é difícil afirmar que a falta de sexo pode causar mal à saúde diretamente. “O que acontece é que pessoas que mantêm uma frequência sexual elevada apresentam modulações químicas no cérebro, principalmente relacionadas à dopamina, que são estimuladas e reguladas pela atividade sexual. Quando essa frequência é interrompida, a redução dos níveis de dopamina pode ser percebida pelo cérebro, manifestando-se em sintomas como rebaixamento do humor, ansiedade, dificuldade para iniciar o sono ou até mesmo insônia. Isso ocorre porque neurotransmissores como dopamina e serotonina, associados ao prazer da relação sexual, ficam em níveis mais baixos, podendo gerar efeitos físicos, afirma o médico, que também é chefe do Departamento de Andrologia da SBU-MG e andrologista da Rede Materdei de Saúde.
Dessa maneira, embora não haja uma relação direta e entre a ausência de sexo e sintomas físicos, é possível que essa falta se manifeste indiretamente no corpo por meio de sintomas como irritabilidade, quadros depressivos e queda na imunidade. Sendo assim, a falta de sexo por si só não pode ser a causadora de transtornos mentais, como explica a psicóloga e sexóloga Bruna Coelho.
“Mas fatores como desejo sexual insatisfeito, conflitos emocionais relacionados à sexualidade ou dificuldades em estabelecer vínculos afetivos podem gerar sofrimento psíquico. Por outro lado, algumas pessoas não atribuem grande importância à atividade sexual e não experimentam efeitos negativos com sua ausência”, pondera a especialista.
A falta de sexo também pode causar mal-estar naquelas pessoas que associam as relações sexuais à autoestima. “Podem surgir pensamentos automáticos negativos diante da abstinência sexual, como ‘sou indesejado(a)’ ou ‘nunca vou encontrar alguém’. Essas crenças podem aumentar o risco de ansiedade ou depressão se forem persistentes”, relata Bruna Coelho.
Por isso, ficar triste ou não porque está há muito tempo sem transar é algo totalmente individual e depende do contexto de cada pessoa. “Tudo depende de como que a pessoa enxerga o sexo e o local que ele ocupa em sua vida. Por exemplo, alguém que nunca fez sexo anteriormente, talvez não vá perceber diferença. Mas uma pessoa que já conhece o caminho, pode sentir falta”, elabora a psicóloga e terapeuta sexual Bruna Belo.
E no caso de um ambiente como o confinamento do “BBB”, onde uma participante que mantém uma rotina sexual ativa é privada dessa prática, a falta pode ser mais perceptível. “O impacto da falta de sexo depende de múltiplos fatores, incluindo a rotina sexual da pessoa, sua perspectiva sobre a atividade sexual e a importância que isso tem em sua vida. Para quem já tem o hábito de uma vida sexual ativa, a privação pode gerar maior irritabilidade e até estresse”, avalia Bruna Belo.
Falta de sexo pode causar dor física?
Alguns homens relatam que sentem dor nos testículos quando não praticam sexo. Médico urologista e andrologista, Yuri Lobato pontua que, de fato, isso pode acontecer em alguns casos. “Isso é um fenômeno real, conhecido como blue balls (ou ‘bolas azuis’, em tradução livre). Isso ocorre devido a uma congestão testicular resultante da excitação sexual, que pode acontecer ao longo do dia ao ver algo estimulante ou até mesmo durante a noite, em sonhos eróticos. Essa excitação aumenta a vascularização nos testículos, causando um acúmulo de sangue na região, o que pode gerar desconforto ou dor. O alívio desse quadro ocorre por meio da ejaculação, mas isso não significa que seja necessário ter uma relação sexual. A masturbação, por exemplo, pode resolver o problema”, salienta.
O médico enfatiza, no entanto, que isso não deve servir em hipótese alguma de justificativa para forçar uma relação sexual com a parceria. “A prática sexual deve sempre ser consentida, e existem alternativas individuais, como a masturbação, para aliviar o desconforto sem a necessidade de envolver outra pessoa”, recomenda.
Psicóloga e sexóloga, Bruna Belo (@brunabeloreflexualidade) destaca ainda que existem situações em que a redução da atividade sexual pode ser indicada ou até mesmo positiva para a saúde. “Isso é recomendado quando causam prejuízos na vida do indivíduo e que claramente não consegue controlar impulsos e fantasias, podendo se colocar em risco ou outros. Para isso, é necessário fazer avaliação do estado mental, nível de ansiedade e aplicar uma escala que investiga a hipersexualidade e o quanto aquilo está sendo prejudicial à aquele indivíduo, compreendendo os contextos que reforçam e sobretudo comorbidades psicológicas que eventualmente estão associadas ao quadro”, salienta.
Além disso, existem muitas outras formas de sentir prazer que podem ser feitas por alguém que esteja passando por um período de abstinência sexual. “Atividades como exercícios físicos, prática de hobbies, arte, escrita, música e até meditação e massagem também estimulam a produção de dopamina, serotonina e endorfinas no cérebro, gerando bem-estar. Ter uma rotina equilibrada, com atividades prazerosas, pode suprir a necessidade dessas substâncias de formas variadas, sem depender exclusivamente da relação sexual. Além disso, pessoas que mantêm uma vida saudável, diversificando suas fontes de prazer, tendem a ter experiências sexuais mais satisfatórias quando as têm”, ressalta o urologista.
Os benefícios do sexo
Quando se constrói uma relação saudável com o sexo, a prática pode ser muito benéfica para a saúde, como fortalecimento da autoestima e da confiança. “Além disso, pode contribuir para a circulação sanguínea, fortalecer o sistema imunológico e até aumentar a produção de anticorpos, conforme apontado por alguns estudos. O humor também pode melhorar com a prática sexual regular”, comenta a psicóloga e terapeuta sexual Bruna Belo.
“Considerando os aspectos da saúde mental, um estudo publicado no Archives of Sexual Behavior (2018) sugere que a atividade sexual regular está associada a níveis mais elevados de felicidade e satisfação na vida, enquanto a falta de sexo pode levar a sentimentos de solidão e depressão”, complementa a psicóloga e sexóloga Bruna Coelho.
Obreira MarÃÂlia | 31/01/2025 23:11:12
Deus tenha piedade dessa gente pecadora. Orem e evitem essa prática tenebrosa e imunda
Carla evangélica | 31/01/2025 22:10:35
Deve ser por isso que eu eu estou descompensada fisicamente e mentalmente. Deve ser excesso de tesão reprimido.
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