Curiosidades

Sábado, 25 de Julho de 2015, 12h25

Ilze recusa estilo ‘descolado’ do novo jornalismo da Globo

Terra

Quase estática. Expressão séria. Locução calma e uníssona. Iluminação direta servindo como filtro rejuvenescedor para o rosto. Ponto turístico ao fundo.

Esse é o formato de reportagem adotado por Ilze Scamparini desde 1997, quando tornou-se correspondente internacional.

E ela não parece disposta a abandoná-lo, ainda que o jornalismo da Globo esteja cada dia mais informal e, às vezes, até flerte com a linguagem do entretenimento.

A maioria dos repórteres, inclusive os baseados em outros países, passou a inserir humor em suas matérias.

Alguns se saem bem, deixam a notícia mais leve e compreensível. São os casos de Roberto Kovalick, em Londres, e Márcio Gomes, em Tóquio.

Ambos são craques em produzir matérias com sutis pitadas de humor, sem colocar em risco o objetivo de transmitir uma informação relevante.

Outros exageram e parecem estar numa apresentação de stand up comedy. Forçam um tom piadista para parecerem ‘descolados’.

Ilze se mantém indiferente ao modismo. Permanece com postura de estátua grega, ou melhor, romana. É, sem dúvida, uma das musas do telejornalismo.

Ela segue a escola europeia: o repórter jamais deve aparecer mais do que a informação.

Em tempos de superexposição e busca descontrolada por popularidade, alguns jornalistas de TV se comportam como estrelas do show business.

Essa opção de Ilze por manter-se fiel ao próprio estilo merece aplausos. A maior ousadia a que se permite é usar, eventualmente, uma bela jaqueta de couro.

Ainda que discreta, a musa de Roma também tem seus dias de rock, bebê.

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