Sábado, 29 de Junho de 2024, 07h00
POLÊMICA
'Pessoa trans é obrigada a falar que é trans', diz atriz
EXTRA
Tem sido uma catarse para Gabriela Medeiros interpretar a Buba, de "Renascer". Ao longo da trama, a jovem da ficção já se envolveu em cenas emocionantes e outras de enfrentamento a preconceitos e violências advindas até mesmo de pessoas próximas. O próprio momento em que Eliana (Sophie Charlotte) conta para José Inocêncio (Marcos Palmeira) que Buba é uma mulher trans foi um desses momentos delicados na história da personagem.
— Esse tipo de violência é mais do que real. É latente. Não à toa nosso país é o que mais mata pessoas transexuais. Para além disso, a expectativa de vida de uma pessoa trans é de 35 anos. E a gente ainda está falando de um enredo que tem parte de ficção. Eu sinto que essa personagem vem para educar mesmo o público brasileiro. Nunca se teve uma história de peso assim atrelada a uma mulher trans que fosse tão desenvolvida. São cenas importantes, que denunciam a transfobia, que mostram esse olhar sádico da Eliana em relação a Buba — diz a atriz ao EXTRA.
Se vendo em muitos aspectos parecida com Buba, Gabriela complementa:
— Ela não está enganando ninguém. Nenhuma pessoa trans tem a obrigação de ficar falando que é trans para todo mundo o tempo todo. As pessoas cis não saem dizendo assim: “Oi, tudo bom, sou uma pessoa cisgênero, heteronormativa...”. Então por que impõem isso sobre a gente o tempo todo? Eu não estou enganando ninguém! Estou vivendo a minha verdade, a minha vida. Só isso que importa.
Antes mesmo da estreia, a atriz paulistana de 22 anos foi uma das primeiras a chegar no elenco. A preparação e imersão na história de Buba é tamanha, que Gabriela aponta até que já houve uma "simbiose" entre as duas. E a dedicação vale a pena, principalmente quando a artista recebe do público mensagens de identificação e carinho.
— Muitas (meninas trans) chegam pra dizer: “Nossa, tô vendo a minha vida passar na televisão”. Ou então: “Você ajudou meus pais a me entenderem”. Ou ainda: “Já passei por isso, e ver essas cenas me dói muito”. Ela é um reflexo para a comunidade trans. É uma personagem que não está muito no convívio das pessoas, né? Por isso talvez tenha essa difícil interpretação. Mas todo mundo que é trans me fala: “Nossa, você está perfeita. Estou entendendo exatamente o que você está dizendo e tudo o que você está botando ali em cena”.
As cenas em que a Buba se reencontra com os pais após a transição de gênero mexeram com o público e fizeram muita gente em casa chorar. Nas redes sociais, a atriz celebrou a sequência e fez um desabafo sobre o espaço dado para pessoas trans no mercado. Pessoalmente, também foi tocada.
— As cenas ficaram lindas, né? Tem um pouco de tudo ali. Eu e Buba temos coisas semelhantes e muitas outras coisas que não são iguais. Mas partilhamos a mesma história. Estou curando muita coisa dentro de mim também — diz ela, sem citar exemplos: — Acho que são questões meio pessoais. Eu ainda não penso em me abrir tanto sobre isso.
Tião | 29/06/2024 11:11:39
Quantidade de mulheres biológicas que são assassinadas todos os dias é muito maior do que de mulher trans. Aliás, as mulheres são metade da população brasileira, são cerca de 100 milhões de mulheres biológicas vivendo no nosso Brasil.
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