Economia

Sexta-Feira, 07 de Fevereiro de 2025, 00h20

VÍRUS NA TERRA

"Casal do agro" culpa Covid e entra em recuperação de R$ 41 milhões em MT

Empresário conta que veio do Paraná para “se aventurar” em Mt

DIEGO FREDERICI

Da redação

 

A 4ª Vara Cível de Rondonópolis (216 Km de Cuiabá) autorizou o processamento da recuperação judicial do Grupo Wagron, de Primavera do Leste (236 Km de Cuiabá). A organização, formada pelo casal Agnaldo Mendes e Karla Torres Mendes, é especializada produção de grãos e venda de fertilizantes e acumula dívidas de R$ 41,3 milhões.

Segundo informações do processo, o dono da organização veio do Paraná para Mato Grosso no início da década de 2000 para se “aventurar”. Pouco depois de chegar aqui, o empresário viu uma oportunidade de negócios no comércio de fertilizantes.

 “Com a mesma determinação que sempre o guiou, Agnaldo ampliou o alcance do Grupo Wagron, levando seus produtos a regiões como Paranatinga, Rondonópolis, Campo Verde, Jaciara, General Carneiro e diversas outras no estado de Mato Grosso. A paixão de Agnaldo pelo agronegócio o levou a identificar novas oportunidades. Visando atender de forma mais especializada seus clientes, ele iniciou a comercialização de sementes forrageiras, essenciais para a recuperação de áreas arenosas e o enriquecimento dos solos com matéria orgânica”, diz trecho do processo. 

A falta de chuvas, a pandemia do novo coronavírus, e o fenômeno El Niño, foram apontados pelo produtor como os principais fatores para a derrocada nos negócios. Com o processamento dos autos, o empresário possui 60 dias para apresentar o plano de recuperação - a proposta de pagamento das dívidas, com prazos e deságios.

Durante 180 dias a organização fica “blindada” (stay period) de ações de cobranças dos débitos arrolados no processo de recuperação judicial.

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