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Segunda-Feira, 14 de Julho de 2014, 14h06

Copa não tem a ver com voto, diz oposição

MSN

Candidato a vice na chapa do tucano Aécio Neves, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) disse ontem que o \"legado da Copa\" - candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff tem dito que o Brasil realizou \"uma das melhores Copas\" - não terá influência na eleição. \"Ganhar ou perder o campeonato não decide eleições e a história mostra isso\", disse o senador.

\"O que as pessoas querem é qualidade nos serviços, economia estável\", afirmou o candidato a vice, que repetiu o discurso que tucanos vêm apresentando nas duas últimas semanas, o de que Copa não influencia eleição. \"São coisas distintas.\" Aloysio disse não ter visto a carta da presidente endereçada à seleção brasileira, divulgada ontem, na qual ela volta a defender mudanças no esporte, \"dentro e fora dos estádios\", e exalta a Copa no Brasil. \"(Não vi), mas, claramente, é uma jogada de marketing: ela já quis explorar a vitória, apareceu naquela foto estranha, imitando o gesto do Neymar\", afirmou. Para o candidato a vice, nenhuma dessas estratégias terá resultado prático.

\"Aeroportos que eram ruins melhoraram, mas ainda estão longe de ter um bom padrão. O atraso das obras foi considerável e isso não será esquecido.\"

Para ele, o sucesso da Copa não está relacionado à organização. \"Foi o clima da qualidade dos jogos, das torcidas.\"

A candidata do PSOL à Presidência, Luciana Genro, avaliou que o legado da Copa é a demonstração de que foi feito um uso indevido do futebol para grandes negócios, beneficiando algumas empresas. \"O PSOL foi o único partido contra a lei da Copa e isso agora se mostra correto.\"

\'Rejeição\'. Questionado sobre as hostilidades à presidente ontem, no Maracanã, Aloysio Nunes disse não ter ficado surpreso. \"É um sinal claro de rejeição. Se ela é vaiada em locais onde há um controle absoluto do público, o que esperar num estádio?\".

Até a conclusão desta edição, os principais adversários de Dilma na corrida presidencial, Aécio Neves e Eduardo Campos, não tinham comentado o término do evento nem as hostilidades à presidente.

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