Segunda-Feira, 19 de Maio de 2014, 22h59
ONDA DE CRIMES
Várzea Grande tem média de 1 homicídio por dia
Da Redação
Em 19 dias de maio, Várzea Grande registrou 19 assassinatos, incluindo um latrocínio (roubo seguido de morte), numa média de um por dia. Esse é o maior índice de execuções da cidade nos últimos anos. Se esse ritmo persistisse até o final do ano, a Polícia projetaria mais de 300 assassinatos. Cuiabá, nesse início de mês, registrou bem menos - 11 assassinatos. Em 19 dias, maio registrou 30 execuções nas duas cidades.
Para policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), não existe uma explicação para essa onda de matança na cidade. Eles lembram que, com a exceção do latrocínio onde um jovem foi morto a pauladas por ladrões que roubaram sua motocicleta -, a maioria das vítimas são pessoas com antecedente e principalmente usuário de entorpecentes.
Os policiais lembraram que um casal, assassinato na região do Jardim Glória, nos últimos dias, envolvidos com o tráfico de entorpecentes. Na região do Ouro Verde, dois jovens envolvidos com assaltos foram executados a tiros.
Na região do Parque do Lago, o índice de assassinato também é alarmante. No dia 10, O jovem Fabiano do Nascimento Souza, de 29 anos, foi executado com oito tiros de pistola quando pilotava uma motocicleta Honda verde pela Avenida Mineirão próximo a Quadra 28 do Jardim Maringá I. O jovem tinha antecedente.
No dia 4, O adolescente Elivelton Soares de Souza, de 17 anos, foi assassinado com um tiro na testa quando estava no sofá da sala da cunhada, na Avenida 31 de Março, no bairro Parque do Lago, em Várzea Grande. Na fuga, os criminosos teriam atirado contra o motorista de um Fox prata que passava pelo local.
O último assassinato ocorreu ontem de madrugada onde o jovem Mauro Sérgio da Silva, de 24 anos, foi assassinado com uma facada no abdome quando estava em sua casa. Testemunhas disseram que um rapaz armado com uma faca invadiu o recinto e acertou-lhe uma perfuração. Em seguida, fugiu a pé. A execução ocorreu numa casa do Jardim Maringá I, em Várzea Grande.
Para policiais que atenderam a ocorrência, o crime seria um acerto de contas. Familiares não forneceram mais detalhes sobre a vida social do jovem. “Pelo jeito, o autor do homicídio sabia onde a vítima morava, pois chegou e foi logo invadindo”, observou um policial que participou da prisão. O delegado André Renato Gonçalves, de plantão na DHPP, esteve no local iniciando as investigações.
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