Política

Quinta-Feira, 13 de Abril de 2017, 13h02

DENUNCIADO POR DELATORES

Delator da Odebrecht relata que ex-secretário de Silval intermediou R$ 3,2 mi

Valores teriam sido pagos nas campanhas do senador Lindbergh Faria (PT) em 2008 e 2010

VINÍCIUS LEMOS

Da Redação

 

Ex-secretário estadual de Comunicação na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o publicitário Carlos Rayel foi mencionado pelo ex-presidente de Infraestrutura da Brasil Odebrecht como um intermediário de propina paga pela empreiteira. O delator da Operação Lava Jato disse que Rayel teria recebido valores ilegais para a campanha do atual senador Lindbergh Faria (PT) à prefeitura de Nova Iguaçu (RJ), em 2008.

Rayel esteve à frente da Secretaria de Comunicação do Estado entre 1º de março de 2012 e março de 2014.

Conforme o delator da Odebrecht, Rayel foi o responsável por negociar a propina que seria paga pela empreiteira à campanha de Lindbergh Faria à prefeitura de Nova Iguaçu. "Em 2008, conheci o Lindbergh, então candidato à prefeitura de Nova Iguaçu. Ele postulava uma eleição. Eu não tinha relação pessoal com ele, então o contato foi feito através de uma pessoa que eu conhecia em São Paulo, o marqueteiro chamado Carlos Rayel”, explicou o executivo, em trecho da delação premiada.

Rayel também teria intermediado propina em 2010, para que Lindbergh disputasse uma vaga ao Senado Federal. Ao todo, nas duas eleições, o marqueteiro teria recebido, em nome do petista, R$ 3,2 milhões. Na disputa de 2008, ele conseguiu R$ 698 mil e na campanha seguinte, ele teria recebido R$ 2,5 milhões.

Esta é a segunda vez em que Rayel foi citado por delatores da Operação Lava Jato. Em dezembro passado, um dos diretores da empreiteira, Leandro Andrade Azevedo, também mencionou o nome do ex-secretário entre os beneficiários das propinas da Odebrecht. Ele relatou o mesmo esquema de caixa 2 para as campanhas de Lindbergh Faria. Conforme os delatores, parte do dinheiro foi paga em espécie a Rayel.

O diretor da Odebrecht revelou, durante a delação premiada, que a empreiteira decidiu investir em Lindbergh porque a cúpula da empresa o considerava um político promissor. Eles acreditavam que havia a possibilidade de um dia o senador chegar na presidência da República.

No período em que foi prefeito de Nova Iguaçu, Lindbergh teria auxiliado a construtora a lucrar em obras do Município. Conforme o diretor da Odebrecht, uma das obras teria sido no programa social Pró-Moradia. No projeto, a empreiteira, com apoio do então prefeito, teria realizado manobras para superfaturar as construções e lucrar mais.

 

 

Comentários (3)

  • EDSON |  13/04/2017 15:03:33

    nao entendi essa, nada haver com mato grosso a notícia. só porque ele foi secretário de silval, virou noticia em MT, fala sério.

  • Hugo |  13/04/2017 13:01:58

    Agora estao pegando as pessoas certas

  • Márcio |  13/04/2017 13:01:01

    Os malandros tomaram conta de tudo. Dominam o executivo, legislativo e judiciário,

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