Política

Sábado, 21 de Outubro de 2023, 08h32

OPERAÇÃO CARTÃO-POSTAL

Desembargador aceita casa como fiança de R$ 800 mil e solta advogado

Alvará de soltura foi emitido no final da noite de sexta-feira

LEONARDO HEITOR

Da Redação

 

O advogado Hugo Florêncio de Castilho, preso durante a deflagração da Operação Cartão-Postal, foi solto no final da noite de sexta-feira (20). O alvará de soltura foi emitido após o desembargador Pedro Sakamoto, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), ter aceitado o oferecimento de uma casa no bairro Jardim Cuiabá, na capital, como garantia do pagamento da fiança de R$ 800 mil, estipulada pelo magistrado.

Hugo Florêncio de Castilho foi preso na Operação Cartão-Postal deflagrada na manhã de quinta-feira (19) pela Delegacia de Delegacia de Combate a Corrupção (Deccor). Ele é suspeito de comandar um esquema que teria desviado R$ 87 milhões da Saúde na cidade de Sinop através da terceirização de serviços médicos e aluguel de ambulâncias. O esquema foi revelado no acordo de colaboração premiada firmada pelo médico e empresário Luiz Vagner Silveira Golembiouski.

A defesa de Hugo Florêncio de Castilho, feita pelo advogado André Prieto, entrou com o habeas corpus ainda na quinta-feira e no início da tarde de sexta, o desembargador Pedro Sakamoto acatou o pedido, determinando a soltura mediante o pagamento de uma fiança de R$ 800 mil. O suspeito então ofereceu um imóvel de propriedade de sua mãe, avaliado em quase R$ 1,5 milhão, localizado no bairro Jardim Cuiabá, região nobre da capital.

“Sendo assim, diante do exposto, determino que as providências acerca da lavratura do oferecimento da fiança, assim como sua aceitação e das demais cautelares impostas e da expedição de alvará de soltura sejam realizadas no primeiro grau de jurisdição. Por consectário, determino que lavre-se Termo de Oferecimento da Fiança e a sua Aceitação, Termo de compromisso e expeça-se o competente alvará de soltura do representado Hugo Florêncio de Castilho, com a urgência que o caso requer”, diz o alvará.

O advogado terá ainda que cumprir medidas cautelares como a proibição de manter contato com qualquer um dos suspeitos e testemunhas, proibição de acesso e comparecimento às dependências administrativas da Saúde do Município de Sinop e das empresas envolvidas; manter seu endereço atualizado nos autos; comparecimento a todos os atos do processo para os quais for intimado; proibição de se ausentar da Comarca sem prévia comunicação ao juízo processante.

Comentários (5)

  • Flavio |  21/10/2023 17:05:15

    Esquecem de falar que ele é filho de desembargador e irmão de juiz criminal.

  • Jair costa |  21/10/2023 12:12:49

    Essa justiça brasileira como aceita uma casa que dinheiro de corrupção se ele está sendo acusado de ter desviado milhões e para acabar mesmo

  • ROBERTÃO |  21/10/2023 12:12:40

    Que País é esse

  • King |  21/10/2023 12:12:31

    Ficou algumas horas na cadeia, q barbaridade. Justiça... Kkkkkk

  • Só de olho  |  21/10/2023 12:12:29

    Para o ônibus que eu quero descer !!! O doto aí levou muita grana nesse esquema, mora no Alphaville, anda de carrao, viagens p fora do país, e precisa da mãe p se livrar!!! E a casa dele então esta no nome de quem?? E o que ele já ganhou como profissional do direito , não acumulou nada !! Deve ter alguém aí q mordeu mais q outro , o tal don patron, que a polícia tem q chegar nele.

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