Os servidores do Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso (Intermat) pararam 100 % das atividades nesta sexta-feira (28). A greve foi deflagrada durante assembleia geral, nesta quinta-feira (27), depois de expirado o prazo de resposta do governo.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário e Pecuário do Estado de Mato Grosso (Sintap), Diany Dias, aponta que as demandas são emergenciais. Atualmente, o Instituto conta com apenas 71 servidores, sendo que 33 estão aptos para aposentadoria.

"Temos 141 municípios e pedimos a abertura de 129 vagas para concurso, mas o ideia seria 200 servidores para atender os 120 assentamentos e as demandas urbanas". 

Além da realização de concurso público, a categoria briga por melhores condições de trabalho e infraestrutura física. "São mais de 10 ou 15 mil títulos parados e não temos condição tecnológica e física. Estamos em um prédio que já está condenado"..

Os servidores ainda brigam pela autonomia financeira do Intermat. Alegam que como a arrecadação cai na Conta Única do Estado, o recurso passa antes pela Secretaria de Fazenda (Sefaz), gerando demora nos processos. "Está na lei que as autarquias têm que ter autonomia administrativa e financeira, para ter agilidade, mas do jeito que está não temos essa liberdade estamos contingenciados".

Por não ser um órgão essencial, todas as atividades do Instituto estão suspensas por tempo indeterminado.

Outro lado 

O governo do Estado, por meio da assessoria da Casa Civil, informou que o sindicato representante dos servidores do Intermat, ainda não protocolizou ofício comunicando o início da greve.