A Justiça de Mato Grosso realiza neta terça-feira (1º) audiência de instrução em processo contra 4 alunos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), acusados de lesão corporal, desacato e perturbação da ordem, durante protesto contra o fechamento das Casas de Estudante Universitários (CEU). A manifestação ocorreu em março do ano passado e foi reprimida por policiais militares, terminando com 6 acadêmicos presos e outros 10 feridos. 

A intimação para a audiência foi expedida por ordem da Juíza Patrícia Ceni dos Santos. “Eu acredito que esse processo vai dizer que não fomos culpados pelos crimes. Quem deve ser punido são os policiais que agiram com excesso de força. Esperamos que esse fato se finalize de uma vez”, afirmou Caiubi Khun, um dos estudantes envolvidos no caso.

A confusão envolvendo a PM e alunos da UFMT começou quando um protesto estudantil contra o fechamento de casas de estudantes foi reprimido pela Rotam. No dia, a PM deixou cerca de 10 universitários feridos e prendeu 6 deles por algumas horas. O movimento então ganhou força e tomou um segundo foco, o abuso da força policial.

Na ocasião, o Comando Geral da Polícia Militar trocou o comandante da Base Comunitária do Boa Esperança, pois ele que teria dado a ordem para intervenção e também afastou 2 soldados da Rotam, que teriam cometido excessos na ação.

“Logo que teve o fato, fomos ajuizados, para assinar um acordo, mas não achamos correto, afinal não cometemos nada de errado. Não somos culpados, não agredimos ninguém. O próprio Estado reconheceu que a polícia agiu de uma forma errada”, pontuou.