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Terça-Feira, 29 de Dezembro de 2015, 11h40

Gabriel Novis Neves

Coração

Gabriel Novis Neves

 

Desde a mais remota antiguidade o coração é tido por muitos como a casa da alma, da razão, do pensamento e da emoção.

Até hoje, mesmo com o avanço da medicina, esse conceito permanece.

Sabemos que é meramente simbólico, sem nenhum fundamento científico, ainda mais sendo o coração o órgão mais investigado tecnologicamente.

Com as pesquisas recentes, ficou claro que o cérebro, este sim, passou a ser o grande receptáculo de todas as emoções, sendo o coração apenas um dos órgãos mais afetados durante esse processo.

As demonstrações de afeto, carinho, amor, são sempre direcionadas para a bomba muscular responsável pela distribuição de sangue para nutrir as células do corpo humano.

Em jogos de futebol é comum observarmos jogadores apontando as mãos para o coração, transmitindo com esse gesto toda a emoção sentida no gol feito.

Erroneamente, na crença popular, ficará ainda por muitos anos o coração como um centro maravilhoso de emoções.

Sabemos que todos esses fenômenos atribuídos ao coração são fabricados por esse órgão misterioso e tão pouco conhecidos dos cientistas, que é o cérebro.

As nossas emoções são resultados de bilhões de conexões de neurônios que, com perfeição, atingem todos os órgãos do nosso organismo, principalmente o coração.

Devido ao estímulo recebido do sistema nervoso autônomo, o coração pode ser afetado pelas emoções, não só nos momentos de felicidade ou atos de amor, porém, também, em sensações de tristezas ou perigo.

Mesmo com o cérebro indecifrável e responsável por tudo que nos acomete, é o coração que continua como o centro das atenções das pessoas e autoridades de saúde de todo o mundo.

Basta verificar que todos nós morremos de parada cardíaca, que significa a interrupção do funcionamento da máquina que irriga o nosso organismo de oxigênio.

O motivo é a falência múltipla dos órgãos, todos comandados pelo cérebro, que morre antes da ausência dos batimentos cardíacos, muitas vezes mantidos por medicamentos.

A verdade é que a emoção interfere no coração, e as doenças cardíacas ocupam o primeiro lugar como a causa de morte no mundo.

O professor Elias Knob El, do Hospital Albert Einstein, lançou um livro, com vários colaboradores, tentando explicar a influência das emoções sobre o coração.

“Coração... É emoção”

Gabriel Novis Neves é médico

 

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