O comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, coronel Flávio Gledson Vieira Bezerra, rebateu a teoria de que os incêndios florestais no estado sejam resultados de uma ação coordenada para criar um "terrorismo climático". A expressão foi mencionada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em entrevista sobre as causas das recentes queimadas no país.

No entanto, o coronel destacou que, até o momento, não há evidências que apontem para uma conspiração organizada nesse sentido. “Eu não consigo afirmar isso, a gente não tem indício de um orquestramento disso. O que a gente sabe é que, sim, existem pessoas irresponsáveis que têm feito uso irregular do fogo, num momento não propício para isso, de forma não autorizada, de forma irregular, cometendo um crime”, afirmou o comandante.

Ocorre que Marina Silva afirmou que o país enfrenta um "terrorismo climático" e comparou as ações criminosas aos atos golpistas de 8 de janeiro. Segundo ela, seria uma estratégia para criar o "caos" no país, aumentando a cobrança sobre a estrutura do governo federal e Estados. 

Bezerra, por sua vez, destacou que, embora não haja provas de um movimento coordenado, os incêndios muitas vezes são causados por pessoas que agem de forma irresponsável, usando o fogo de maneira ilegal e em condições inadequadas, o que resulta em crimes ambientais.
“Existe também aquela pessoa com má intenção. É um crime difícil de identificar, porque acontece em áreas rurais, onde a gente tem pouca presença ou visualização. Mas existem, sim, as pessoas que colocam fogo, tanto que a gente tem prendido essas pessoas e levado elas para responder na justiça, como aconteceu esse final de semana”, completou.