Polícia Segunda-Feira, 10 de Fevereiro de 2025, 16h:17 | Atualizado:

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OPERAÇÃO

Criminosos cobravam até R$ 70 mil de comerciantes em VG

 

ANA JÚLIA PEREIRA
Gazeta Digital

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Delegados da Polícia Civil deram detalhes de como funcionava a extorsão realizadas por membros do Comando Vermelho (CV) a comerciantes de Várzea Grande, as cobranças eram gradativas e chegavam a R$ 70 mil. A Operação A César o que é de César, deflagrada na manhã desta segunda-feira (10), resultou na prisão de criminosos, responsáveis pela disciplina e "braço direito", da facção.

Durante entrevista coletiva, o delegado Antenor Pimentel, da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Draco), relatou que as ameaças eram gradativas, assim como os valores que eles exigiam em troca de uma falsa segurança.

“Eles chegavam com o convencimento de um ‘projeto novo’, falando em fazer network. A ameaça ela é gradativa, dizendo que irão regular o mercado, que vão descobrir porque aquele comerciante que está vendendo muito abaixo. Então, eles entram como terceiro estado regulador para cobrar imposto”, explicou o policial.

Visando substituir o estado, eles oferecem vantagens e, por isso, muitos comerciantes abriram a porta e deram intimidade para a facção, por concordar com a taxa de segurança.

“Então, no momento em que a pessoa acha que está protegida pela facção, um paga R$ 200, outro R$ 300, e até R$ 500 por uma falsa segurança, que é uma extorsão indireta. Aquilo abre a porta para eles começarem a pedir o balanço, o estoque, o faturamento, eles têm conhecimento de como funciona as empresas”, conta.

E depois que os criminosos já tinham todos os dados necessários, eles começavam a cobrar o valor de um ágio inicial, de acordo com o porte da empresa, variando de R$ 50 mil a R$ 70 mil.

“E depois mensalmente, se o comerciante cooperava, eles abaixavam o calor para R$ 3 mil e depois para R$ 1.500. Então eles realizavam diversos artifícios de convencimento e no último caso, a coação direta que é aquela mesmo, vou matar, vou tocar fogo, vou pegar a tua família, mas tudo é gradativo”, completou.





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