O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu) apresentou na última semana os estudos de viabilidade técnica, econômica, financeira e social para a concessão de duas rodovias inseridas no programa Mato Grosso Integrado, Sustentável e Competitivo. A audiência pública foi realizada no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas de Sinop (477 km a Centro-Norte da capital) e finalizou os debates para a concessão das MTs 423, 220 e 140.
A modelagem proposta inclui um investimento físico, antes do processo de concessão, a cargo do governo estadual com objetivo principal de reduzir a tarifa de cobrança. São duas vertentes previstas, a primeira para as rodovias sem pavimento onde é estimado o gasto médio de R$ 600 mil por quilômetros e a segunda para vias asfaltadas que possui a recuperação estipulada numa média de R$ 400 mil por quilômetro.
Na rodovia MT-423, a premissa de investimento já é realizada dentro do Mato Grosso Integrado com a pavimentação dos 57 km entre Cláudia e União do Sul que teve a obra retomada recentemente pelas empresas Campesato e Dímano. São quatro frentes de trabalho onde estão sendo executados os serviços de terraplanagem, limpeza das margens, escavações para construção da base e sub-base e entre outros. A obra custa aos cofres públicos pouco mais de R$ 47,9 milhões.
A MT-220 é outra rodovia inserida no programa de pavimentação licitada a cargo das construtoras Agrimat e Jm Terraplanagem com o investimento do governo de pouco menos de R$ 53,5 milhões. As empresas iniciam os serviços nas próximas semanas. Para MT-140, já estão sendo realizados os trabalhos de revitalização do pavimento no montante de aproximadamente R$ 10,1 milhões, em responsabilidade da construtora Zopone, que também engloba os trechos asfaltados das MTs 423 e 225.
Pela concessionária o estudo demonstra a construção das praças de pedágio com suas bases operacionais acopladas e o panorama financeiro para ambas as rodovias é estimado em R$ 7,3 milhões. Além do investimento, a empresa administradora desembolsará anualmente gastos para a operação e manutenção da rodovia ao longo dos 30 anos de concessão.
O operacional contempla socorro médico através de ambulâncias equipadas; serviço mecânico via caminhões de guinchos para veículos de pequeno e grande porte e balanças móveis para manter o nível de peso adequado. Para os serviços de manutenção preventiva o estudo aponta obras de restauração do pavimento no segundo ano de concessão, de acordo com a necessidade da rodovia, e a cada três anos. As despesas de operação por ano é estimada em R$ 8,9 milhões para MT-140, R$ 14,9 milhões para MT-220 e R$ 13,9 milhões para MT-423.
Durante a audiência o volume de tráfego das respectivas rodovias foi apresentado dentro da metodologia de contagem que computa a passagem de veículos durante sete dias consecutivos nos meses de fevereiro e março deste ano. O Volume Médio Diário (VDM) é registrado por eixo que equivale a um carro de passeio. Para a MT-140 foram 11 mil eixos, 7 mil na MT-220 e 6,3 mil na MT-423.