Cidades Terça-Feira, 15 de Abril de 2014, 15h:28 | Atualizado:

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Estado deve gastar R$ 2 milhões com obra no morro do Despraiado

 

Da Redação

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A Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) vai entregar ao Ministério Público documento indicando prazo de 10 dias para contratar uma empresa para fazer a obra da contenção do Morro do Despraiado. O valor da obra ainda não esta definido pela Secopa, mas estima-se que alcance R$ 2 milhões.

Para dar início aos trabalhos, é necessário que o governo do Estado pague o valor de R$ 2,826 milhões referente aos processos de indenização para 9 famílias. Contudo, o montante deve ser acrescido, pois a Defesa Civil identificou a necessidade da remoção de mais um imóvel do local.

Só falta o Estado combinar com os poucos moradores que restaram. Pelo menos 2 deles, não sabiam que teriam que sair dos imóveis. “Vamos cortar o morro e fazê-lo em talude (uma forma de contenção), diminuindo a parede dele. As placas do morro são muito sensíveis. Tecnicamente, a engenharia não permite que se faça muro de arrimo no local”, explicou o titular da pasta, Maurício Guimarães, sobre a necessidade de intervenção no local.

Em novembro do ano passado, parte do morro caiu devido ao corte feito no terreno para a construção do Viaduto do Despraiado. Conforme Maria Cristina da Silva, moradora de uma das casas que deve ser desapropriada, ninguém da Secopa foi até a casa dela dizer da necessidade da saída do imóvel. “O que nos deram foi a opção de deixar ou não a casa. Se tiver que escolher, eu prefiro não sair daqui. Falaram em indenizar parcialmente porque pegaram parte do fundo da casa para a obra e depois falaram do aluguel social. Eles sempre deram a opção da desapropriação total”.

Devido o impasse, o quintal está abandonado com o mato crescendo. A obra da construção do sobrado também foi deixada de lado, mesmo com projeto e parte do material de construção já adquirido. “Chegamos a procurar casas para alugar no Consil, Araés e Bom Clima, em 3 imobiliárias, mas nenhuma delas quis alugar imóvel para a Secopa”, informou.

para a assessoria de imprensa da pasta, o motivo seria a insegurança das empresas devido à extinção da Secopa em 31 de dezembro deste ano e sobre qual órgão ficaria responsável pelos pagamentos. A aposentada Osvaldina Rainha da Silva disse que sai apenas do imóvel após o pagamento do terreno. Ela disse que criou os 6 filhos e comprou o imóvel com muito custo, após muitas lavadas de roupa para terceiros. “Nunca tivemos problemas com o morro. Aqui é muito bom. Fiz uma valeta para segurar e há 5 anos consegui fazer a minha área no fundo. Falaram que poderíamos sair e voltar depois ou mesmo vender. Eu preferi ficar. Eles nos deram a escolha”, comentou.

Conforme a Secopa, havia de fato a opção dos moradores em permanecer nos imóveis com o método construtivo preliminarmente previsto para o local. Com a mudança para o muro de talude, não é possível que os mora-dores permaneçam em suas casas e, segundo a secretaria, os moradores já foram informados da mudança e inclusive dos valores da indenização. A média de é de R$ 314 mil para cada casa. Alguns moradores, após o incidente ocorrido em novembro do ano passado, resolveram vender a casa a um empresário, que é dono de 3 casas que serão alvos de desapro-priação pela Secopa.





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