O atendimento de saúde nas unidades públicas de Cuiabá está comprometido diante da ausência de médicos para cumprirem na íntegra os plantões nas 6 unidades da Capital. Ao todo, as 5 policlínicas e a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Morada do Ouro acumulam 251 plantões, entre os dias 5 e 9 de maio.
Destes, 66 não têm médico para cumprir a carga horária, ou seja, mais de 25% dos plantões estão descobertos. A situação mais grave é registrada nas Policlínicas do Pascoal Ramos e Pedra 90, onde a metade da escala está comprometida por falta de plantonistas.
Nas unidades deveriam ser realizados 22 e 20 plantões, respectivamente, mas 50% da escala está vazia. Na policlínica do Pascoal Ramos amanhã, quinta e sexta-feira (8 e 9) não haverá clínico ou pediatra para atender os pacientes durante o dia, mas no período noturno o atendimento só é prejudicado na sexta-feira, pois um dos plantonistas está de férias.
Em quantitativo, a Policlínica do Verdão é a que acumula o maior número de plantões sem médicos. O local deveria contar com 72 plantões, porém 18 deles estão vagos.
A situação é agravada diante da ausência de 3 profissionais afastados por licença médica ou férias. Na sequência está a UPA da Morada do Ouro, com 14 plantões vagos.
Durante o dia de ontem a UPA contou com um clínico geral, um pediatra e um especialista que presta assistência na sala vermelha. Para completar o quadro seriam necessários mais 3 clínicos e um pediatra. Diante da ausência de médicos, os pacientes que buscavam atendimento eram orientados a voltarem para casa ou procurarem as Policlínicas do Verdão e Coxipó.
Sem médicos nos Postos de Saúde da Família do Jardim Industriário 1 e do Pedra 90, são grandes as filas para marcar consulta ou conseguir atendimento na Policlínica Dr. Sílvio Curvo, no Pascoal Ramos. Na unidade apenas um clínico geral realizou os atendimentos ontem e para as mães que levaram os filhos doentes a solução foi seguir para a Policlínica do Coxipó, onde havia pediatras disponíveis. A unidade do Coxipó está entre as mais procuradas pela população. No local, o maior problema será a falta de pediatras no período diurno na quarta e sexta-feira.