Irresponsabilidade, omissão e covardia. Foram com essas palavras que formandos dos cursos de Medicina, Nutrição, Odontologia e Enfermagem da Universidade de Várzea Grande (Univag) classificaram um suposto calote dado pela empresa Imagem Eventos nas formaturas previstas para acontecer neste sábado (1º) e no próximo (8).
A prestadora de serviço, por outro lado, alega impactos da pandemia de Covid-19, e um pedido de recuperação judicial ingressado na última quarta-feira (29) na Vara Especializada de Recuperação Judicial da Comarca de Cuiabá. Conforme comunicado assinado pelo advogado Marcos Gomes Silva e encaminhado nesta sexta-feira (31) aos estudantes, a empresa justificou a decisão citando os severos impactos da pandemia da Covid-19, que resultaram em uma queda significativa na receita devido às restrições impostas à realização de eventos.
Além disso, a Imagem Eventos mencionou o aumento expressivo de rescisões contratuais como um fator determinante para a atual crise financeira. “Mesmo diante dessas adversidades, a IMAGEM EVENTOS tem envidado esforços para viabilizar a remarcação dos eventos adiados, sempre buscando um entendimento com as Associações de Alunos e formandos. No entanto, a continuidade da prestação dos serviços tornou-se inviável no presente momento. Diante disso, a IMAGEM EVENTOS necessitou protocolar pedido de recuperação judicial, perante a Vara Especializada de Recuperação Judicial da Comarca de Cuiabá (MT)”, explica a nota.
A empresa também informou que, para os clientes que desejarem rescindir seus contratos, haverá a devolução dos valores pagos, conforme critérios e condições estabelecidos no processo judicial, algo que pode demorar ainda mais. “Assim, a empresa manifesta formalmente sua intenção de reagendar os eventos ainda não realizados, considerando a inviabilidade de sua realização no momento. Caso a turma opte pela rescisão do contrato, a IMAGEM EVENTOS se compromete à devolução dos valores pagos, conforme os critérios e condições que serão estabelecidos no processo de recuperação judicial”.
Nas redes sociais, vários formandos afetados pela situação começam a se manifestar. Eles afirmam que os perfis das redes sociais da empresa os bloquearam ou simplesmente foram excluídos, pois “fecharam as portas e sumiram do mapa”. “No fim, quem mais sofre é quem mais sonhou com tudo isso, a resposta que queremos é: Como o que era um sonho s tornou um pesadelo?”
Desabafos em forma de posts, vídeos no Instagram e até áudios começam a viralizar denunciando a empresa. Já existem até boatos de que os donos da empresa teriam fechado as portas e fugido do Brasil.
Ao todo, quase 1.400 pessoas já haviam sido convidadas pelos formandos para o baile de gala, última etapa da festa. A aula da saudade, o jantar e o culto ecumênico de algumas turmas já teriam ocorrido. Neste momento, as comissões de formatura dos cursos mencionados planejam se reunir para decidir os próximos passos a serem tomados.
Vera Lucia Rodrigues
Sexta-Feira, 31 de Janeiro de 2025, 15h52A culpa é dos alunos!
Sexta-Feira, 31 de Janeiro de 2025, 14h58Observação!
Sexta-Feira, 31 de Janeiro de 2025, 14h52Matusalém
Sexta-Feira, 31 de Janeiro de 2025, 14h27Miguel Gonçalo de Magalhães
Sexta-Feira, 31 de Janeiro de 2025, 14h04