O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, “poupou” 11 veículos - incluindo uma lancha de 30 pés -, da realização de uma avaliação por parte da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) para futuro leilão. Os bens foram apreendidos numa operação contra o “Comando Vermelho”.
Em despachos publicados na última terça-feira (10), o juiz determinou que a Sesp realize a avaliação de dezenas de automóveis e imóveis apreendidos em três operações distintas das forças de segurança contra organizações criminosas.
Uma das decisões é referente à operação “Mandatário”, deflagrada em 2021 pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso (Ficco/MT). O grupo é formado pela Polícia Federal, Polícia Judiciária Civil (PJC), Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Penal de Mato Grosso.
No mês de maio de 2022, FOLHAMAX publicou uma matéria sobre uma decisão judicial autorizando que o grupo utilize alguns dos veículos apreendidos na operação - além de destinar parte deles para outros órgãos brasileiros.
Na terça-feira, o juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra permitiu que 11 desses veículos permaneçam em uso pelas forças de segurança “enquanto vigorar o acautelamento”. Assim, dificilmente os bens devem ir a leilão, diferente das dezenas de automóveis e imóveis que serão avaliados pela SESP-MT.
Na lista de bens estão uma Toyota Hilux, quatro Toyota Corolla, um Jeep Renegade, um Fiat Mobi, um Volkswagen Gol, um Jeep Compass, um Honda Civic e até mesmo uma Lancha Armada 300, de 30 pés.
A decisão judicial de maio de 2022 sobre a autorização de uso dos bens franqueou a embarcação para a Capitania Fluvial do Mato Grosso (Marinha do Brasil).
Já a operação "Mandatário", deflagrada pela Ficco e que originou a apreensão dos veículos, revelou a existência de um núcleo do "Comando Vermelho" com base em Rondonópolis (216 Km de Cuiabá) que movimentou R$ 10 milhões.
Sebastião
Domingo, 15 de Setembro de 2024, 20h04