O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, condenou cinco integrantes do Comando Vermelho que foram alvos da Operação Parabellum, que investigou uma organização criminosa que atuava no tráfico de drogas em Alto Taquari. Entre os sentenciados, estão “Gilmar Mendes”, “Robin Hood” e “Paraguaia”, que cumprirão a pena em regime semiaberto.
Eram alvos da ação Vitor Erick da Silva Batista, o “Vitinho”, Cristiano Ribeiro da Silva, o “Gilmar Mendes”, Emanoel Alves de Almeida, o “Loirim”, Andréia Sabrina Lopez Silva, a “Paraguaia”, Bruno de Oliveira Primo, o “Fumaça”, Matheus dos Santos Alves, o “Magrão”, José Carlos Portela Carneiro, o “Brinquedo”, Erike Gustavo dos Santos das Graças, o “Robin Hood”, Geraldino Otavio dos Santos, o “Menor”, José Raffa Filho, o “Zezinho” e Francisco Juscier Barbosa da Silva, o “Lukinha”.
Os autos apontam que Vitinho seria a liderança local e responsável pelo tráfico de drogas do Comando Vermelho na cidade de Alto Taquari, tendo assumido a função de “disciplina” da facção após a prisão de Gabriela Sabatine, na Operação Hidra, deflagrada em junho de 2021. Além dele, possuem posição de notoriedade na facção, em âmbito local, os suspeitos Matheus dos Santos Alves, Cristiano Ribeiro da Silva e Emanoel Alves de Almeida.
Todos eles foram alvos da Operação Parabellum, que se originou após as análises dos dados extraídos do aparelho telefônico apreendido com Matheus dos Santos Alves. Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de prisão temporária e 10 de busca e apreensão domiciliar contra alvos no município de Alto Taquari.
Durante monitoramento da associação, a Polícia Civil conseguiu mapear o funcionamento, com a identificação dos membros e as respectivas funções. As principais características dentro do grupo eram hierarquia, organização pré-definida com disciplina e gerências, fluxo financeiro com pagamento de mensalidades, taxa sob o tráfico de droga, extorsão de empresários, entre outros.
Na sentença, o juiz absolveu Vitor Erick da Silva Batista, Bruno de Oliveira Primo, Geraldino Otavio dos Santos, José Raffa Filho e Francisco Juscier Barbosa da Silva. Foram condenados Cristiano Ribeiro da Silva, Emanoel Alves de Almeida, Andréia Sabrina Lopez Silva, Matheus dos Santos Alves e Erike Gustavo dos Santos. Cristiano Ribeiro da Silva, o “Gilmar Mendes”, Erike Gustavo dos Santos das Graças, o “Robin Hood”, e Emanoel Alves de Almeida, o “Loirim”, foram condenados a 3 anos, 4 meses e 25 dias, no regime semiaberto, tendo em vista que as circunstâncias do delito foram valoradas negativamente. Andréia Sabrina Lopez Silva, a “Paraguaia”, e Matheus dos Santos Alves, o “Magrão”, foram sentenciados a 4 anos e 1 mês de reclusão, também no semiaberto.
Eles terão que cumprir medidas cautelares, como manter o endereço sempre atualizado no processo; recolhimento domiciliar noturno entre as 22h e as 05h, todos os dias; não portar facas, canivetes, estiletes, armas de fogo ou quaisquer outros objetos que possam malferir a integridade física de outrem; não frequentar bares, boates, bocas de fumo, prostíbulos ou estabelecimentos afins; utilização de monitoramento eletrônico pelo prazo mínimo de 6 meses, quando a necessidade da medida será então reavaliada. “Expeçam-se os alvarás de soltura em favor dos réus Geraldino Otavio dos Santos, Vitor Erick da Silva Batista, Bruno de Oliveira Primo e José Raffa Filho, absolvidos, assim como aos condenados Emanoel Alves de Almeida, Andreia Sabrina Lopez Silva (domiciliar) e Matheus dos Santos Alves, bem como o contramandado de prisão em favor de Cristiano Ribeiro da Silva, cientificando os últimos (Emanoel, Andreia, Matheus e Cristiano) de que doravante se encontrarão sujeitos às seguintes medidas cautelares”, diz a sentença.
Eva
Quinta-Feira, 29 de Agosto de 2024, 14h25Odir Santos
Quinta-Feira, 29 de Agosto de 2024, 10h58Cleir Victorino Pacheco
Quinta-Feira, 29 de Agosto de 2024, 06h25Eleitor
Quarta-Feira, 28 de Agosto de 2024, 18h37