A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) manteve a pena de 13 anos e 4 meses contra Sandro Silva Rabelo, o “Sandro Louco”, apontado como principal líder do “Comando Vermelho” de Mato Grosso.
Os desembargadores da Segunda Câmara seguiram por unanimidade o voto do desembargador Rui Ramos, relator de um recurso ingressado por “Sandro Louco” contra a sua condenação. A sessão de julgamento ocorreu na última quarta-feira (11).
Conforme matéria do FOLHAMAX na última sexta-feira (6), “Sandro Louco” pegou 13 anos e 4 meses num processo derivado da operação “Ativo Oculto”, que apurou um esquema de lavagem de dinheiro de recursos do tráfico de drogas e outros crimes.
A defesa do líder do CV de Mato Grosso alegou que teve acesso a documentos juntados pelo Ministério Público do Estado (MPMT), autor da denúncia, somente “ às vésperas do início da audiência de instrução e julgamento”.
O desembargador Rui Ramos não concordou com o argumento, revelando que as provas foram disponibilizadas uma semana antes da audiência, além da defesa não ter comprovado o “prejuízo” com a suposta falta de acesso.
Segundo informações da sentença condenatória, “Sandro Louco”, mesmo preso, continuava exercendo a posição “01” na facção criminosa “Comando Vermelho” em Mato Grosso. Na cadeia, o líder tinha acesso até mesmo à “Netflix”.
Na Penitenciária Central do Estado (PCE), onde está detido em Cuiabá, o líder do “Comando Vermelho” usava o “login” de uma advogada, identificada como Diana Alves Ribeiro, para assistir às séries e filmes do serviço de streaming.
ATIVO OCULTO
“Sandro Louco” foi o principal alvo da operação “Ativo Oculto”, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), que cumpriu 271 mandados judiciais - 34 de prisão, 112 de bloqueio de bens e 125 de busca e apreensão. Além dele, outras lideranças do “Comando Vermelho” são suspeitas de lavagem de dinheiro e ocultação de bens proveniente de crimes praticados pelos membros da facção.
De acordo com o Gaeco, “Sandro Louco” e sua esposa, Thaisa Silva Rabelo, “comandavam”” o CV no estado, apontando que ela seria o “braço social” da organização, responsável pela distribuição de cestas básicas à comunidade carente e as famílias de faccionados presos.
Durante a deflagração da operação “Ativo Oculto”, em março de 2023, o Gaeco apreendeu na casa da tia de “Sandro Louco”, Irene Pinto Rabelo Holanda, um revólver calibre 38, além de 12 munições e R$ 36,5 mil em espécie. A parente do faccionado contou que a arma foi fornecida pelo sobrinho para sua proteção, e que ela já foi vítima de furto e roubo. Em relação ao dinheiro, a mulher explicou que guardava a quantia para a cirurgia de sua neta.
Carlos Nunes
Domingo, 15 de Setembro de 2024, 07h56João José
Sábado, 14 de Setembro de 2024, 20h24Leal
Sábado, 14 de Setembro de 2024, 18h22Cuiabano
Sábado, 14 de Setembro de 2024, 18h05