Weverton Rodrigues da Cruz foi condenado pelo Tribunal do Júri de Cuiabá a 5 anos de prisão, em regime semiaberto, pelo homicídio de Avelino Carmo de Oliveira Junior. Os jurados consideraram que a ação do homem foi em resposta à provocação da vítima.

O julgamento ocorreu na última segunda-feira (16). O Conselho de Sentença reconheceu que Weverton “agiu sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima”.

Ao definir a pena, a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, 1ª Vara Criminal de Cuiabá, destacou que a versão que foi considerada sobre os fatos, foi que a vítima atacou Weverton, quando ele tentava separar uma briga entre as namoradas de ambos.

“O crime foi precedido de uma discussão havida entre as namoradas do réu e da vítima, as quais estavam em luta corporal quando Weverton tentou separá-las e apaziguar a contenta. Ocorre que, de acordo com os depoimentos prestados na fase judicial, ao avistar que o réu tentava por fim à briga entre as respectivas namoradas, Avelino desferiu dois socos contra Weverton e entraram em luta corporal. Ato contínuo, o réu efetuou dois disparos de arma de fogo contra a vítima, os quais culminaram na sua morte”, disse.

Considerando que o réu não agiu com dolo e não possuía antecedentes criminais, a juíza definiu a pena dele em 5 anos de reclusão, em regime inicialmente semiaberto, concedendo a ele o direito de recorrer da sentença em liberdade.

O caso
De acordo com os autos, o crime ocorreu no dia 12 de junho de 2016 em uma igreja no bairro Jardim Vitória, em Cuiabá. A vítima e o suspeito estavam acompanhados de suas respectivas namoradas, quando as mulheres começaram a discutir e se agredir.

Uma das versões é que Avelino tentou apaziguar a briga, mas foi surpreendido por Weverton, que o empurrou e o agrediu. A vítima também teria dado dois socos no homem. Em seguida, o suspeito teria efetuado dois disparos de arma de fogo contra Avelino, que morreu.

Após ser detido, Weverton confessou que atirou contra a vítima, mas alegou que agiu em legítima defesa. Disse que tomou e usou uma arma que seria de Avelino.

Já segundo a versão da namorada de Avelino, eles estavam em uma festa no salão da igreja católica, quando ela e a namorada do suspeito começaram a brigar. A mulher disse que depois que levou uma "voadora", seu namorado veio defendê-la e partiu para cima de Weverton. Contou que após os primeiros disparos a vítima conseguiu correr, mas em seguida caiu e o suspeito teria dado mais tiros.