Por unanimidade, os magistrados da Segunda Câmara Criminal de Cuiabá mantiveram a prisão de Paulo Witer Farias, o WT, na Penitenciária Central do Estado (PCE). Ele tentava pegar "carona" no habeas corpus concedido a outro membro da facção criminosa Comando Vermelho (CV).
WT foi alvo da Operação Apito Final deflagrada pela Polícia Civil e é suspeito de ser um dos tesoureiros da organização que lavou quase R$ 70 milhões para o tráfico de drogas. Além de ser o principal alvo da Apito Final, WT já foi condenado a uma pena de 14 anos em uma ação penal relativa à Operação Red Money, e teve um pedido de revogação de prisão negado em maio deste ano pelo desembargador Rui Ramos Ribeiro, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-T), que apontou a periculosidade do criminoso, além de destacar que não faz sentido soltar o faccionado após ele ter passado todo o período de instrução processual preso.
Apesar disso, a defesa dele alegou que outro preso na Operação Red Money, Fábio Aparecido do Nascimento, vulgo 'Lacoste', havia conquistado o direito de liberdade provisória por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os advogados argumentam que o processo de WT está parado e que o caso de 'Lacoste' seria mais grave e, mesmo assim ele, está solto.
Entretanto, Rui Ramos novamente destacou que a Operação Red Money foi uma investigação com 24 réus, vários processos desmembrados e múltiplas defesas, o que atesta a prisão e sua tramitação na Justiça. Além disso, ao manter a prisão, justificou que, caso solto, o "Tesoureiro do CV" pode fortalecer ainda mais a facção e expandir os "negócios contábeis" do crime organizado por ter experiência e expertise.
OPERAÇÃO APITO FINAL
A Operação teve como principal alvo Paulo Witer Farias Paello, conhecido como W.T., e apontado como tesoureiro do Comando Vermelho em Cuiabá. Para lavar o dinheiro do tráfico de drogas, o grupo criminoso também teria realizado distribuição de cestas básicas para famílias carentes da Capital, assim como estaria promovendo a construção de um miniestádio.
O tesoureiro foi preso pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) em Maceió (AL), enquanto acompanhava o time em um torneio de futebol amador na cidade. 22 pessoas foram presas e diversos veículos, como um Jaguar E-Pace 250, avaliado em mais de R$ 444 mil, uma caminhonete Toyota Hilux, um jet ski, várias armas e dinheiro em espécie foram apreendidos pela polícia.
OPERAÇÃO RED MONEY - Em agosto 2018, a Polícia Civil indiciou 113 criminosos investigados na Operação "Red Money". Os investigados eram responsáveis pelo núcleo de arrecadação financeira e movimentação de valores da facção criminosa. A movimentação financeira da organização, no período de um ano e meio, chegou a R$ 52 milhões, entre entradas e saídas das contas bancárias verificadas. O patrimônio sequestrado judicialmente incluiu 21 automóveis, 18 motocicletas, cinco caminhões e um semirreboque, além de 6 empresas que tiveram a atividade econômica suspensa.
Carlos
Sábado, 06 de Julho de 2024, 07h39BebeSangue
Sexta-Feira, 05 de Julho de 2024, 22h52Revoltada
Sexta-Feira, 05 de Julho de 2024, 16h39Cuiabano
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Quinta-Feira, 04 de Julho de 2024, 17h12É Lei
Quinta-Feira, 04 de Julho de 2024, 16h59