O caso de violência doméstica envolvendo Iarla Alves, de 24 anos, e o empresário R.D.O.S. expôs preocupações sobre a eficácia da justiça na proteção de mulheres. A primeira-dama de MT, Virginia Mendes, acompanha o caso e expressou sua preocupação com as decisões judiciais, pedindo por justiça. O empresário tem 23 boletins de ocorrência, oito deles relacionados a Iarla. 

“Para muitas mulheres, a sensação de segurança é minada pela percepção de que o poder e a influência podem superar as evidências e os direitos das vítimas", alertou Virginia Mendes, defendendo uma reavaliação das práticas judiciais e um fortalecimento das medidas de proteção.

A defensora da vítima criticou a revogação da prisão preventiva do acusado, mesmo com seus antecedentes, e destacou que essa decisão reflete uma "realidade preocupante no Brasil", onde "decisões judiciais muitas vezes parecem favorecer agressores". Ela também questionou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, sugerindo uma falha estrutural na proteção das mulheres. "Esse tipo de decisão coloca em risco a integridade física e emocional da mulher", afirmou.

Outro ponto mencionado foi a suspensão dos alimentos concedidos à vítima, que, segundo a defensora, reforça o controle do acusado sobre Iarla. "A influência econômica pode favorecer homens poderosos", criticou, levantando dúvidas sobre a imparcialidade da justiça.