Cultura Quinta-Feira, 18 de Setembro de 2014, 10h:18 | Atualizado:

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ESPETÁCULO

Orquestra de MT se apresenta no final de semana

 

Da Redação

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Nos dias 20 e 21 de setembro, a Orquestra do Estado de Mato Grosso apresenta mais uma edição dos Concertos Oficiais no Cine Teatro Cuiabá. Desta vez regida pelo maestro Miguel Campos Neto, a OEMT exibirá as peças Serenata, op. 22, do compositor tcheco, Antonin Dvorak e a suíte Havainaise, op. 83, do francês Camille Saint-Saëns. Nesta última, o violinista Oliver Yatsugafo protagoniza a apresentação, dosando virtuosismo e sensibilidade em performances que o referendam como um dos mais talentosos violinistas brasileiros da atualidade. Para arrematar o repertório, o maestro convidado, regente da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, Miguel Campos, traz de sua terra natal um grande compositor da música paraense, o maestro Waldemar Henrique.

O primeiro momento é marcado pela execução da Serenata, op. 22, do compositor tcheco, Antonin Dvorak. Em cinco movimentos, Dvorak revela um alto nível de virtuosidade composicional. Utilizando formas simples, consegue atingir marcante variedade melódica e harmônica, combinando sofisticação, charme e danças folclóricas do leste europeu. A obra configura-se como um dos mais notáveis trabalhos do compositor.

Na sequência a orquestra exibe a suíte Havainaise, op. 83, do francês Camille Saint-Saëns. Baseada na habanera cubana, a peça escrita em 1887, mostra a influência que tinha à época, a música latino americana sob os franceses. Realçando a leveza dos instrumentos de cordas é que entra em cena, o solista convidado, o violinista Oliver Yatsugafo. O virtuosismo e sensibilidade em performances como esta, o referendam como uma jovem expressão do violino.

Fechando o concerto, a OEMT apresenta uma suíte com temas do compositor paraense Waldemar Henrique, especialmente adaptada pelo maestro Miguel Campos Neto para este concerto. Jovem expressão da regência, o maestro convidado está à frente da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz. Além de encomendar anualmente criações inéditas de outros compositores brasileiros da contemporaneidade, é prática da direção artística da OEMT - que tem a assinatura do maestro Leandro Carvalho - fazer convites a outros maestros.

É nesta nova empreitada que é promovido um estreitar de laços entre a música de concerto do Centro-Oeste com a do norte do Brasil. “Quando fui chamado para fazer esse concerto o maestro Leandro Carvalho pediu que eu apresentasse alguma peça de compositor paraense. Esse pedido confirmou o que já pensava sobre o projeto desenvolvido pela OEMT de valorização da música regional. Acho que a aproximação desses dois universos será um dos maiores atrativos para os concertos vindouros”, declara Miguel Campos Neto.

Sobre aliar clássicos da música de orquestras com compositores contemporâneos brasileiros, Miguel pontua que flanquear a música regional seja ela da Centro-Oeste, ou nesse caso do Norte, com grandes obras da música erudita mundial valoriza o primeiro sem desmerecer o segundo. “O concerto seria menos interessante se só tivesse música regional do norte, ou se não a tivesse totalmente. Mas a mistura de Waldemar Henrique com Dvorak e Saint-Saens é que vem nos provar mais uma vez que música é música. Simplesmente. E se é para escolher uma grande obra prima para a formação de orquestra de cordas, poucas bateriam a serenata de Dvorak”.

Sobre a Suíte Paraense, de seu conterrâneo, Miguel o apresenta como “a voz da Amazônia”. “Suas canções eram simples em forma, mas ricas em ritmo e com poesias que contam o lendário amazônico. Ele conquistou seu espaço sem precisar se aventurar pretensiosamente no mundo das composições complexas. Mas poucos cantores brasileiros podem dizer que nunca programaram em seus recitais peças imortalizadas, como Uirapurú, Boi-Bunbá, Tamba-tajá, Valsinha do Marajó, ou Minha Terra”, explica. Waldemar Henrique foi um importante maestro, pianista e compositor brasileiro.

Sobre o convite, o maestro se mostra entusiasmado. “Fiquei feliz e honrado. Sou um maestro ainda em início de carreira e nesse meio as oportunidades às vezes demoram a surgir, ou são escassas. Sendo assim acho importante orquestras e maestros titulares convidarem maestros jovens e em início de carreira, não apenas os consagrados. Eu tento fazer a mesma coisa em Belém”.

Os ingressos já estão à venda na bilheteria do Cine Teatro Cuiabá ou pelo site www.ingresso.com e custam R$10 e R$5. Para mais informações, visite o site da orquestra www.orquestra.mt.gov.br ou ligue (65) 3027-1824.

 





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