O juiz da 7ª Vara Cível de Cuiabá, Yale Sabo Mendes, indeferiu no final da tarde de ontem o pedido de gratuidade nas custas processuais da ação de indenização por danos morais em que a ex-estudante de enfermagem Hosana Priscila de Oliveira Lopes, de 20 anos, move contra o cantor sertanejo Gusttavo Lima e ainda as empresas Audiomix, Villa Mix e Unifort Segurança. Ela pede uma indenização no valor de R$ 5,7 milhões culpando os quatro réus por serem responsáveis pelo fato dela ter ficado pelada e filmada nos camarins e áreas comuns do festival Villa Mix, realizado no SESI Papa no dia 22 de março deste ano.

Segundo o magistrado, a estudante não comprovou "insuficiência de recursos" financeiros para pagar as custas processuais. Yale deu um prazo de 30 dias para o pagamento das taxas, cerca de R$ 60 mil, sob a possibilidade do "cancelamento do feito e indeferimento da inicial".

Além de negar a Justiça gratuita, Yale Sabo Mendes, recusou o pedido da estudante para que o processo tramitasse em segredo de justiça. Ele considerou que o assunto em debate na esfera judicial tomou publicidade pela sociedade antes mesmo da açaõ ter sido protocolada.

"A ação não envolve discussão de interesse público; não envolve informação pessoal da requerente cuja divulgaçaõ venha prejudicá-la mesmo porque os fatos ora noticiados são de conhecimento notório da população cuiabana já que o caso foi amplamente divulgado na mídia", explica o juiz. Na ação, Hosana alega que praticou o strip-tease após ser estimulada por funcionários do cantor Gusttavo Lima, que estaria dentro de um ônibus assistindo a garota despir-se em público.

Ela cita que cometeu o ato após ter sido drogada e obrigada a consumir bebidas alcóolicas dentro do camarim do cantor sertanejo. Hosana ainda culpa os gestos obscenos aos seguranças do evento, que não a impediram de tirar o vestido azul e ainda filmaram o ato.

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