Economia Terça-Feira, 04 de Fevereiro de 2025, 16h:45 | Atualizado:

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FORMATURA

Empresa deu golpe de R$ 7,5 milhões; formanda pede bloqueio de contas em MT

PC tenta localizar donos da Imagem Eventos, que estariam nos EUA

LEONARDO HEITOR
Da Redação

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Uma estudante de medicina da Universidade de Cuiabá (Unic) propôs uma ação contra a Imagem Serviços de Eventos Ltda, onde pede o bloqueio de R$ 34,5 mil nas contas da empresa e de seus proprietários, por conta do calote de cerca de R$ 7,5 milhões em diversas turmas de formandos na última semana. A empresa, que é alvo de centenas de boletins de ocorrência por conta do caso, teve seu pedido de recuperação judicial negado pelo juiz Márcio Aparecido Guedes, da Primeira Vara Cível de Cuiabá.

A ação foi proposta por Alice Cristina Maccari Soares, que alegou ter contratado a empresa para organização da festa de formatura da 36ª Turma de Medicina da Unic. Ela informou nos autos que fez todos os pagamentos referentes ao evento, mas que foi surpreendida com o comunicado da Imagem Serviços de Eventos Ltda, afirmando que não realizaria as confraternizações.

A formanda destacou que a empresa encerrou suas atividades de forma abrupta e protocolou pedido de recuperação judicial, sem fornecer qualquer previsão de reembolso ou cumprimento das obrigações contratuais, em prejuízo à inúmeros estudantes que contratarem os seus serviços. O pedido judicial, inclusive, foi negado pelo juiz Márcio Aparecido Guedes, da Primeira Vara Cível de Cuiabá.

Desde a última sexta-feira, cerca de 100 boletins de ocorrência foram registrados na Delegacia do Consumidor (Decon) da Polícia Civil, acusando a Imagem Serviços de Eventos Ltda de um golpe milionário contra diversas turmas de formandos. As vítimas haviam concluídos cursos como Medicina, Direito e Odontologia, em diversas faculdades e ficaram sem festa.

Em apenas um dos casos, na turma de Medicina da Universidade de Cuiabá (Unic) da qual Alice Cristina Maccari Soares faz parte, o prejuízo foi de R$ 1,8 milhão. Ao todo, já são mais de 100 boletins de ocorrência contra a empresa e a Polícia Civil tenta localizar os proprietários da Imagem Serviços de Eventos Ltda, que supostamente estariam nos Estados Unidos.

Na ação, a formanda aponta que além da gravidade da situação, a conduta da empresa tem fortes indícios de fraude, tendo em vista que representantes da Imagem Serviços de Eventos Ltda., poucas horas antes da divulgação do cobraram os estudantes contratantes a realizarem pagamentos antecipados de serviços. A própria Alice Cristina Maccari Soares teve que contratar o serviço de fotografia no dia 29 de janeiro.

“A empresa requerida captou valores de forma ardilosa, frustrando as expectativas da requerente e dos demais formandos, causando prejuízos financeiros e emocionais irreparáveis. Desta forma, não tendo alternativa, a requerente se socorre do Poder Judiciário e propõe a presente ação para que, em razão dos indícios de fraude e descumprimento ao contrato, que lhe causam inúmeros prejuízos de ordem material e moral, tenha seus direitos resguardados”, aponta a ação.

Nos autos, Alice Cristina Maccari Soares destaca que as ações da empresa configuram grave violação aos princípios da boa-fé objetiva e da transparência nas relações contratuais, ensejando não somente a responsabilização civil, mas também possíveis implicações penais para os responsáveis. Ela pede a rescisão do contrato e a restituição integral de todas as parcelas pagas, devidamente corrigidas.

No caso da formanda, foram comprovados pagamentos entre julho de 2021 e janeiro de 2025, que totalizaram R$ 18.774,76. Foram pagos ainda R$ 800 por uma sessão de fotos, fazendo com que o montante chegue a R$ 19.574,76. A autora da ação pediu ainda uma indenização por danos morais de R$ 15 mil, solicitando ainda uma liminar para bloqueio das contas dos proprietários da empresa, já que existe a possibilidade de dilapidação de patrimônio e a existência de 459 processos em que a Imagem Serviços de Eventos Ltda. é parte.

“Considerando a notícia de que a empresa encerrou suas atividades e os sócios supostamente se evadiram da cidade de Cuiabá, inexiste dúvidas acerca do risco iminente de não se conseguir viabilizar qualquer ressarcimento futuro, corroborando a ameaça ao direito da requerente. Assim, requer a Vossa Excelência a concessão da tutela de urgência para garantir a efetividade do direito da requerente e impedir que os valores pagos sejam definitivamente perdidos, deferindo o arresto de bens em nome da requerida e a penhora de valores nas suas contas bancárias, na quantia total de R$ 34.574,76”, diz a petição.





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Comentários (1)

  • Zelito

    Terça-Feira, 04 de Fevereiro de 2025, 20h41
  • Cuiabá, terrinha que atraiu picareta de tudo quanto é lugar.
    4
    1











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