Economia Sábado, 08 de Fevereiro de 2025, 09h:32 | Atualizado:

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NO VERMELHO

Mais de 180 mil famílias acumulam dívidas em Mato Grosso

 

JOÃO FREITAS
Gazeta Digital

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dividas

 

Número de famílias endividadas sobe pelo terceiro mês consecutivo e atinge 86,7% dos consumidores em Cuiabá. Em números absolutos, são 180.207 famílias com as contas no vermelho. De acordo com os dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o resultado registrado em janeiro de 2025 é 0,3% maior em relação a dezembro de 2024 e ao mesmo período do ano passado. A alta do indicador é decorrente da combinação de instabilidades no quadro macroeconômico como a desvalorização do real ante o dólar e aumento da inflação e dos juros.

Na visão do economista Felipe Tavares, as dívidas estão consumindo uma parcela maior da renda das famílias e a necessidade de recorrer às linhas de empréstimos, que ficaram mais restritas e caras, para manter o nível de consumo deve tornar a gestão financeira um desafio ainda maior para os consumidores. Prova disso é que 83% dos endividados em Cuiabá estão atolados por passivos relacionados ao uso do rotativo do cartão de crédito.

Ainda conforme o estudo analisado pelo Instituto de Pesquisas da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), 7 em cada 10 pessoas na capital têm até metade do orçamento comprometido pelo acúmulo de despesas. O panorama já produziu uma espécie de efeito cascata nocivo à economia local. Isso porque a última pesquisa que mede a intenção de consumo das famílias apontou retração quase 4 pontos percentuais no comparativo com o ano passado. Por tabela, a confiança dos empresários do comércio também diminuiu (1,1 p.p.).

Se o país tivesse um arcabouço fiscal sólido, a necessidade de juros elevados seria menor, pois os investidores não exigiriam um prêmio de risco tão alto para manter recursos no Brasil. O dilema entre controlar a inflação e estimular a economia continua sendo o maior desafio da política econômica e a grande questão é se estamos combatendo a inflação de forma eficaz ou apenas sufocando a atividade econômica sem atacar suas causas estruturais, avalia o economista Josué Coimbra. Este será mais um ano de desafios para empresas, investidores e consumidores brasileiros, complementa.

Pequeno alento

Mesmo com avanço no endividamento, a inadimplência apresentou queda nos recortes mensal (-0,7%) e anual (-3,3%). Ao todo, 37.553 pessoas abriram 2025 com contas atrasadas -correspondente a pouco mais de 18% da população.





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