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Licenciado do cargo de presidente da Federação Matogros-sense de Futebol (FMF) desde início do ano, Carlos Orione, acionou uma banca de advogados para prestar esclarecimentos ao Ministério Público Estadual (MPE). Acionado pelo torcedor Roniclei dos Santos, o dirigente solicitou dois advogados da assessoria jurídica da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), contratou um profissional de Cuiabá e ainda tem outro jurista que presta serviço na entidade, neste caso o advogado José de Almeida.

A ação protocolada na segunda quinzena de janeiro cobra uma série de esclarecimentos de Orione envolvendo a relação federação e clubes. Por exemplo, no documento, há questionamento sobre a venda do estádio presidente Eurico Gaspar Dutra, o Dutrinha, para a prefeitura de Cuiabá em 2011.

O torcedor quer saber onde o dinheiro do negócio, orçado em R$ 3 milhões, foi parar ou onde foi investido.Outra indagação é quanto a premiação do Mato-grossense do ano passado, quando os finalistas iriam receber veículos da montadora que patrocínio o Estadual desde 2013.

No caso, o Cuiabá, campeão na oportunidade, não recebeu nenhum veículo. Assim como o Mixto, vice.

Inclusive, os clubes já tinham confeccionado um documento idêntico ao do torcedor direcionado ao presidente da entidade, cobrando o prêmio. Nos bastidores da federação, há quem afirma que o torcedor está sendo usado por alguns dirigentes de clubes para questionar Carlos Orione junto ao MPE.

A estratégia seria para evitar maiores desgastes com Orione, que já teria punido o Cuiabá com a não inclusão no torneio quadrangular para comemorar a inauguração da Arena Pantanal. A ação está sob cuidados do promotor Ezequiel Borges. Ele estendeu o prazo para a federação prestar todos os esclarecimentos, que devem ocorrer nos próximos dias.