Mundo Quinta-Feira, 31 de Julho de 2014, 20h:29 | Atualizado:

Quinta-Feira, 31 de Julho de 2014, 20h:29 | Atualizado:

Notícia

Aos 91 anos, candidato mais velho das eleições se diz 'um homem do futuro'

 

UOL

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

"Um homem do futuro". Assim Délio de Barros Velloso, o Coronel Velloso, se define. Nascido em 1922, em Piracicaba (160 km de São Paulo), ele decidiu se candidatar a deputado federal pelo PRB aos 91 anos de idade.

"Durante toda a minha vida eu analisei a sociedade, mas nunca ninguém quis me ouvir. E agora tenho ideias para melhorar as coisas", afirma Velloso, que serviu na Força Nacional --órgão que precedeu a Polícia Militar do Estado até 1970-- e já disputou outra eleição "uns 30 ou 40 anos atrás, pelo PL", mas não se elegeu.

O candidato diz estar com ótima saúde. "Não tenho nenhuma doença, nenhum órgão afetado, só tenho idade. Minha idade cronológica é 91, mas meus médicos me dão 60 e poucos. Minha cabeça está melhor do que quando eu era mais moço", afirma.

Com base nos registros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o UOL elaborou uma lista com nomes de candidatos (a deputado estadual e a deputado federal) que, em diferentes Estados, chamam atenção pela excentricidade Leia mais arte UOL

Entre os projetos que serão apresentados caso seja eleito, Velloso cita iniciativas nas áreas de qualidade de vida e moradia. "Mas não esse 'Minhas Coisas Minha Vida" [referência ao programa social Minha Casa Minha Vida do governo federal] que tem aí. Vou fazer moradia a preço de custo", diz.

Questionado sobre o papel do deputado no Congresso, Velloso se irrita: "Essa pergunta não se faz. Se eu não soubesse [o que faz um deputado] não iria me candidatar. Quero fazer leis para mudar isso que está aí".

Entre os ídolos na política, Velloso cita o ex-presidente Juscelino Kubitschek (1902-76). "Ele foi o único capaz de vencer as resistências para mudar a capital para o centro do Brasil e desenvolver o resto. Os deputado queriam ficar só no Rio de Janeiro, porque tinha praia", diz.

Sobre o apoio da família à sua candidatura, o coronel diz que "eu me apoio. Vocês mais novos acham que para tudo precisa de apoio dos outros".

Velloso admite que o a ditadura militar no Brasil (1964-1985) cometeu erros. "Mas e a Comissão da Verdade também está errada. E o lado da Dilma [Rousseff, presidente da República], que matou muita gente? Não será investigado?".

Questionado sobre as torturas cometidas por órgãos repressores da ditadura, incluindo a da presidente, o coronel se irrita: "Não! Não, não. Disso aí de tortura não quero falar".

Este ano o pleito conta com 55 candidatos octogenários, que representam 0,2% do total nas eleições.

 





Postar um novo comentário





Comentários

Comente esta notícia








Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet