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Bebê foi agredido em hospital por técnico bêbado, dizem pais

 

O DIA

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Uma família denúncia uma agressão contra um bebê de apenas 4 meses, dentro do Hospital Municipal Salgado Filho, no bairro do Méier, na Zona Norte do Rio. O caso aconteceu na noite deste domingo (30), quando a criança aguardava para ser medicada e levou tapas de um técnico de enfermagem que estaria alcoolizado, segundo parentes. 

O pai do bebê, o barbeiro Jean Pereira de Lima, de anos 32, relatou que ele e a mulher decidiram procurar uma unidade de saúde porque o menino apresentou uma tosse frequente e seguiram para o hospital, depois que não conseguiram atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Engenho de Dentro, também na Zona Norte. No Salgado Filho, o menino passou pela pediatria e a médica o encaminhou para a enfermagem, onde receberia medicação. 

A criança deu entrada na enfermaria junto da mãe, a professora Camila Nascimento de Lima, de 26 anos, que percebeu que o técnico de enfermagem apresentava sinais de embriaguez, cambeleava, falava alto e discutia com outros pacientes. Segundo a mulher, o funcionário disse que daria dois "tapinhas" no rosto do bebê e, em seguida, o agrediu. Assustada, ela ligou para o marido que foi até o setor, mas já não encontrou o profissional no local. 

"Eu não acho que isso é o jeito certo de acordar um bebê, até porque, meu filho não estava desfalecendo, estava dormindo. Não chegou a machucar meu filho, mas só o fato dele fazer aquilo, minha esposa ficou, por um momento, traumatizada", contou Jean, que acionou a Polícia Militar e, um tempo depois, viu o técnico deixando a enfermaria dizendo que podiam algemá-lo. O homem estava sem crachá, uniforme ou qualquer identificação profissional. 

Segundo a PM, equipes do 3º BPM (Méier) foram acionadas para checar uma denúncia de violência contra a criança no hospital e, no local, o pai do bebê relatou aos agentes que o filho havia sido atacado por um funcionário da equipe de enfermagem. Os envolvidos foram encaminhados para a 23ª DP (Méier), onde o caso foi registrado. Jean disse que permaneceu na unidade de saúde para que o filho fosse medicado, enquanto a esposa seguiu para a delegacia. 

Em nota, a Polícia Civil informou que o funcionário responsável pelo atendimento da criança será ouvido, bem como a direção da unidade e familiares da vítima. O menino foi encaminhado para exame de corpo de delito e as investigações estão andamento para apurar todos os fatos. A família do bebê agora espera pelo resultado do exame de alcoolemia do técnico para decidirem quais medidas vão tomar. 

"A gente fica chateado e está correndo atrás do que pode ser feito, não só por causa do meu filho, porque a gente entende que isso pode acontecer com outras pessoas. É uma causa que tem que ser levada à frente, para não ficar por isso mesmo", afirmou Jean. "A sensação já estava sendo horrível porque a gente não estava conseguindo encontrar alguém que examinasse, de fato, o meu filho, a gente tentou dois lugares. Fomos no hospital porque, geralmente, tem um suporte maior, e a gente chega lá e se depara com uma situação dessa. É triste, porque a gente fica (pensando) assim: 'aqueles que têm que cuidar, será que realmente cuidam?'", completou. 

Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS) informou que, além das investigações e do boletim de ocorrência, uma sindicância interna foi aberta e o técnico afastado das atividades, até que se apure os fatos. A direção do Hospital Municipal Salgado Filho ainda declarou que "repudia veementemente todo e qualquer ato de violência e fará de tudo para que a situação seja devidamente esclarecida".





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