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CASTIGO

Francês que drogava esposa para estupros tem piora no estado de saúde

 

Da Redação

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Dominique Pélicot, o homem que confessou ter dopado a agora ex-mulher, Gisèle, por 10 anos para que estranhos a estuprassem, ficará afastado de seu julgamento pelo menos até semana que vem.

Nesta quinta-feira (12), nono dia de audiências, o juiz do caso, Roger Arata, informou que o estado de saúde do idoso de 71 anos "piorou" e ele só voltará ao tribunal, na "melhor das hipóteses", na segunda-feira que vem.

"O estado de saúde dele piorou. Ele está incapacitado de comparecer quinta e sexta-feira. Acho que ele será hospitalizado e tratado no local. Não poderemos contar com o senhor Pelicot antes de segunda-feira", afirmou.

Na segunda-feira (9), o francês foi dispensado do julgamento pela primeira vez, logo no começo do dia, após alegar dores abdominais fortes. No dia seguinte, com um atestado médico, ele não compareceu e, nesta quarta (11), ele chegou a ir ao tribunal, mas visivelmente fraco e amparado por sua bengala, foi liberado pelo juiz.

O depoimento de Dominique estava previsto para esta terça-feira (10). Agora, não se sabe a previsão para que ele fale sobre o caso, no qual já se declarou culpado.

O depoimento dos dois filhos homens de Dominique e Gisele, também previsto para ocorrer esta semana, no entanto não aconteceu porque eles disseram que só irão falar estando à frente do pai. A filha do casal, Caroline, a nora e a ex-nora foram ouvidas na semana passada.

Nesta quarta, após a saída do ex-marido, a vítima, Giséle Pélicot, de 72 anos, também foi embora.

Fala de advogado de defesa causa indignação

Mesmo sem Dominique Pélicot presente, o julgamento continuou em Mazan e a fala do advogado de defesa de um dos 50 homens que também são julgados, acusados de serem os autores dos estupros, causou indignação entre os presentes na audiência.

"Há estupro e estupro e, sem a intenção de cometê-lo, não há estupro”, declarou Guillaume de Palma, que representa seis dos réus.

Além dos civis presentes, outros advogados presentes, incluindo a representante de Dominique Pélicot, o principal acusado, refutaram o argumento.

"Não se trata, hoje, de definir uma nova faceta do estupro que a lei não previu. Ou há um estupro ou não há estupro. Não se pode dizer que o estupro não existe se não houve intenção de cometê-lo. Um estupro continua sendo um estupro", rebateu Béatrice Zavarro.

Segundo a agência de notícias AFP, na audiência desta quinta, o juiz Roger Arata decidiu suspender o julgamento até segunda.

A maioria dos 50 coacusados pelos crimes esteve apenas uma vez na casa do réu principal, na cidade de Mazan, no sul da França. Dez deles estiveram até seis vezes no local.

O marido da vítima não pedia dinheiro em troca. Os acusados não sofrem patologias psicológicas significativas, embora tenham um sentimento de "onipotência" sobre o corpo feminino, segundo especialistas.

Muitos afirmam que acreditavam estar participando das fantasias do casal. Segundo o marido, "todos sabiam" que sua esposa estava drogada sem o seu consentimento.

Segundo a investigação, "cada um dispunha de seu livre arbítrio" e poderia ter "partido" ao perceber a situação.





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