Israel Katz, ministro da Defesa de Israel, afirmou que instruiu os militares para se prepararem “ao mais alto nível de alerta para qualquer cenário possível” na Faixa de Gaza após o Hamas ter suspendido a libertação de reféns prevista no acordo de cessar-fogo.
O ministro classificou o anúncio do grupo radical como uma “violação completa do acordo de cessar-fogo e do acordo para libertar os reféns”.
O governo israelense destacou ainda que vê qualquer violação com gravidade e ressaltou que insiste em manter o entendimento como está escrito.
O braço armado do Hamas adiará a libertação de mais reféns israelenses que estava planejada para sábado (15) até novo aviso, de acordo com uma declaração do porta-voz do grupo no Telegram.
O grupo radical acusou Israel de descumprir pontos do acordo de cessar-fogo para a Faixa de Gaza, incluindo “atrasar o retorno de pessoas deslocadas ao norte de Gaza, alvejá-las com bombardeios e tiros em várias áreas da Faixa e não permitir a entrada de ajuda humanitária em todas as suas formas acordadas”.
O Hamas afirmou que “honrou totalmente seus compromissos”, mas que Israel deve cumprir sua parte do entendimento.
Libertação de reféns do Hamas
Até agora, 16 dos 33 reféns que deveriam ser soltos na primeira fase do acordo de cessar-fogo para Gaza voltaram para casa, assim como cinco reféns tailandeses que foram libertados em uma ação que não estava prevista.
Em troca, Israel libertou centenas de prisioneiros palestinos, desde alguns cumprindo penas de prisão perpétua por ataques mortais até outros detidos durante a guerra e mantidos sem acusação.
Mas o Hamas acusou Israel de falhar em permitir o envio de ajuda humanitária para Gaza, uma das condições da primeira fase do acordo, algo que o governo israelense negou.
Por sua vez, Israel acusou o Hamas de não respeitar a ordem em que os reféns deveriam ser libertados e de organizar exibições públicas abusivas diante de multidões quando eles foram entregues à Cruz Vermelha.