A Polícia Civil de Minas Gerais apreendeu na última semana um adolescente de 17 anos suspeito de matar três pessoas da mesma família em Mantena, no leste do Estado, em 30 de março. De acordo com informações divulgadas pelos investigadores nesta quarta-feira, as vítimas são familiares do padrasto do jovem, que não aceitaria a orientação sexual do enteado.

Segundo a polícia, o adolescente confessou a autoria do triplo homicídio. Em depoimento, ele afirmou que matou Boaventura Doria de Carvalho, 75 anos, Emilia Edoveirgem dos Santos, 81 anos, e Sueli Doria de Carvalho, 39 anos, respectivamente, pai, mãe e irmã do padrasto, porque os quatro não aceitavam o fato de ele ser gay e não o deixavam sair para festas.

O jovem explicou ainda que não revidou diretamente no padrasto pois tinha receio que a mãe e a irmã ficassem desamparadas. Para executar os familiares do homem, ele usou um remédio de venda restrita no almoço das vítimas. Após dopar os três, o adolescente os asfixiou.

De acordo com a polícia, os idosos foram estrangulados até a morte. Para matar Sueli, o suspeito teria usado um fio de ferro de passar roupas.

Após confessar o crime, o adolescente deixou uma carta para o padrasto, chamando-o de “pai” e pedindo perdão por ter assassinado sua família. No bilhete, ele também pede que o homem cuide de sua mãe e deixe a cidade. “Reconheço meus erros, fui um falso e hipócrita. Deixei levar o ódio. Ele tomou conta e não consegui parar de pensar como eu queria me vingar. Não era pra eu ter me vingado desse jeito, nem era pra eu ter feito essa barbaridade”, escreveu o jovem.