Uma das linhas de investigação sobre a queda de um avião na zona oeste de São Paulo, ocorrida na sexta-feira (7), aponta para um possível defeito no motor da aeronave. Segundo pilotos ouvidos pela Globonews, o modelo King Air F90 esteve em oficina uma semana antes do acidente para resolver um problema de pane no sistema de RPM de um de seus motores — o sistema monitora a velocidade de rotação do motor e é importante para a decolagem e para o desempenho da aeronave. Ou seja, esse defeito pode ter afetado a potência e o torque necessários para que o avião conseguisse subir e atingir velocidade adequada.
O voo tinha como destino Porto Alegre (RS). O avião decolou da cabeceira 12 do Aeroporto Campo de Marte por volta das 7h15 e, dois minutos após a decolagem, tentou realizar um pouso de emergência, mas não conseguiu. A aeronave caiu na pista da Avenida Marquês de São Vicente, altura do número 1.874, no bairro Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Um áudio de um piloto que aguardava para decolar no Campo de Marte, revelou que o comandante da aeronave acidentada havia solicitado um retorno imediato ao aeroporto momentos antes do acidente.
As duas vítimas fatais foram o advogado e proprietário da aeronave, Márcio Louzada Carpena, de 49 anos, e o piloto Gustavo Carneiro Medeiros. Não havia mais passageiros a bordo.
Além das duas mortes, outras 7 pessoas ficaram feridas, incluindo passageiros de um ônibus que foi atingido pela aeronave. Todas as vítimas foram socorridas por equipes de resgate.
O Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), com sede na capital paulista, é o responsável pelas investigações do acidente. Especialistas consultados pela Globonews alertaram que, no trabalho de remoção dos destroços, a equipe do Seripa estava muito focada nos motores.
A Polícia Civil e a Polícia Federal também apuram as causas e as responsabilidades pelo acidente aéreo.