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TRAGÉDIA EM ALTO MAR

Quatro vítimas de naufrágio sufocaram em "bolha de ar"

 

O GLOBO

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TRAGEDIA IATE.JPG

 

Quatro das sete pessoas que morreram no naufrágio do superiate na costa da Sicília, no mês passado, ficaram sufocadas em uma "bolha de ar" depois que o oxigênio da cabine acabou. As informações constam dos resultados das autópsias nos corpos de Jonathan e Judy Bloomer e Chris e Neda Morvillo, divulgados nesta quarta-feira pela imprensa italiana.

Jonathan Bloomer era presidente do Conselho de Administração da Morgan Stanley International, e Christopher Morvillo, sócio do escritório de advocacia Clifford Chance, em Nova York. O veleiro com 22 passageiros foi tombado por um tornado raro na região, no mês passado. O grupo celebrava o resultado de um processo judicial a convite do bilionário Mike Lynch, também morto na ocasião.

De acordo com o jornal La Reppublica, os peritos não encontraram água nos pulmões dos Bloomer e dos Morvillo, o que os fez descartar a hipótese de afogamento. Confinados no superiate naufragado, os dois casais teriam sucumbido à inalação de dióxido de carbono.

Ainda de acordo com a imprensa italiana, os mergulhadores que recuperaram os quatro corpos os encontraram no lado esquerdo das cabines. Para os investigadores, indica que as vítimas buscaram ficar na área dos "últimos bolsões de ar" enquanto a embarcação se inclinava para a direita, já afundada.

Uma investigação apura a responsabilidade de três tripulantes do "Bayesian" por suspeita de cometer homicídio culposo e de causar o naufrágio. O capitão do navio, James Cutfield, não falou sobre o caso e se recusou a dar declarações quando questionado pelos promotores.

Quem mais estava no iate?

Além de Mike Lynch e dos dois casais, morreram no naufrágio a filha do bilionário, Hannah Lynch, e Ricardo Thomas, cozinheiro do veleiro.

PESSOAS NO IATE.JPG

 

Após a tempestade, o bote salva-vidas do superiate foi utilizado para resgatar 15 pessoas. Segundo a imprensa local, entre os amontoados no barco salva-vidas, estava Angela Baccares; Sasha Murray; Myin Htun Kyaw; Matthew Griffith; Ayla Ronald; Matthew Fletcher; e o capitão do navio, Calfield.

O iate, que havia partido de Roterdã e feito um cruzeiro pelas águas do Mediterrâneo, entrando pelo estreito de Gibraltar, estava ancorado em frente ao porto de Porticello, no golfo da cidade de Palermo. Passaria a noite lá, após navegar durante o dia ao largo das costas de Cefalù.

 

O plano de seguir rumo às magníficas ilhas Eólias, no dia seguinte, foi interrompido por uma forte tempestade, que provocou a tragédia.

Segundo sobreviventes, o grupo foi convidado por Mike Lynch, dono da embarcação, saiu de Londres para fazer a travessia de barco na Sicília. Todos eram colegas e colaboradores da empresa de Lynch.

A embarcação, que levava a bordo 10 tripulantes e 12 passageiros de nacionalidades britânica, americana e canadense, era conhecido por ter um dos maiores mastros do mundo, feito de alumínio e com 75 metros de altura, o superiate era oferecido para aluguel em seu site por até R$ 1,1 milhão por semana.

Construído em 2008 pela empresa italiana Perini Navi, o barco tinha quatro cabines duplas, uma tripla e uma suíte, além de acomodações para a tripulação.





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