Opinião Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h:00 | Atualizado:

Quarta-Feira, 31 de Dezembro de 1969, 20h:00 | Atualizado:

Hermes Martins

A praga da corrupção e a crise no Brasil

 

Hermes Martins

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Estamos vivendo um momento no país onde a ética, a moral e o civismo estão à beira de um abismo. Nunca vimos antes tantas reportagens recheando noticiários com denúncias de esquemas e propinas entre gestores públicos e empresários. Uma realidade que abala a política e a economia do Brasil, e que são um reflexo da ambição desenfreada e de uma “cultura de corrupção”.

Listas intermináveis com nomes de políticos e empresários citados por delatores da operação Lava Jato, iniciada em 2014, demonstram que é preciso um choque de ações e providências do Judiciário, afim de que esquemas feitos à margem da lei não terminem por afundar a nossa economia.

O que essa situação tem a ver com o comércio? Tudo. Uma cidade, estado, país, só podem crescer, de fato, se houver seriedade nas relações entre gestores públicos e privados. Não precisamos ir tão longe quando o assunto é corrupção e falta de ética. O legado da Copa do Mundo em Mato Grosso poderia ter transformado Cuiabá em uma cidade muito mais desenvolvida em vários aspectos, principalmente no comércio; porém, o efeito se mostrou desastroso para muitos empresários que tiveram que fechar as portas devido às obras inacabadas na frente de seus estabelecimentos. Foram bilhões de reais desviados, obras superfaturadas e nas que foram concluídas, a qualidade é questionável.

Uma economia forte não pode existir enquanto gestores (públicos ou privados) colocarem seus interesses pessoais e ambiciosos acima do interesse coletivo, seja de uma instituição, seja da administração pública. A corrupção funciona como um verme que corrói, aos poucos, todo um organismo.

Um empresário que se submete às regras desse jogo sujo, tem tanta responsabilidade quanto aquele que propõe um ato de ilegalidade. É preciso que as maçãs podres sejam retiradas do cesto, e que uma nova cultura se estabeleça no país. Homens e mulheres de ética, que tenham a nobreza de pensar no coletivo, que sejam competentes em suas funções. A exposição da corrupção é o início do remédio que o Brasil precisa tomar para que a política e a economia recuperem a vitalidade e, dessa forma, todos sejam beneficiados. 

Hermes Martins da Cunha – Presidente Sistema Fecomércio-MT/Sesc/Senac





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