Opinião Segunda-Feira, 13 de Outubro de 2014, 10h:01 | Atualizado:

Segunda-Feira, 13 de Outubro de 2014, 10h:01 | Atualizado:

Gabriel Novis Neves

Cumplicidade

 

Gabriel Novis Neves

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Gabriel Novis

 

Acredito que as relações amorosas estejam basicamente fincadas num tripé formado pela sensualidade, afetividade e cumplicidade.

Este último é fundamental para que as descargas químicas iniciais não se percam logo após contatos voluptuosos.

Sem a cumplicidade, paixões avassaladoras podem se transformar em nuvens de fumaça, não deixando as tão esperadas marcas, sem as quais os relacionamentos se tornam aventuras despidas de emoção.

Pena que poucos encontros na vida consigam se manter  fortes e íntegros, fruto da quebra de uma das escoras do tripé. O desencanto e o tédio são os passos seguintes.

Vemos com frequência uniões duradoras, cujo prolongamento se deve muito mais à obediência das instituições sociais do que propriamente à presença do tripé amoroso. São os ditos casais anestesiados que se muletam reciprocamente na tentativa de passarem uma imagem de equilíbrio, principalmente para a prole.

O item sensualidade, mais fácil de ser encontrado em pessoas saudáveis, quando aliado à cumplicidade, é o selo da entrega amorosa. Sem ela, a sensualidade e a afetividade tendem a desaparecer.

A ausência do tripé amoroso em um relacionamento faz com que os parceiros se tornem dois estranhos, apenas vinculados aos preceitos sociais que compõem as tediosas relações familiares estabelecidas.

O brilho do olhar e os carinhos, frequentes nos primeiros tempos de enamoramento, quando se esvaem, perde-se a alegria de viver.

Pessoas sábias e corajosas sabem fechar as cortinas antes que a peça se torne um fiasco. 

Gabriel Novis Neves é médico

 

 





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