A deputada Janaina Riva (PMDB) disse ser “imoral” a contratação de Elias Santos, irmão do atual secretário de Cidades de Mato Grosso, Wilson Santos (PSDB), para o cargo de secretário de Gestão de Pessoas da Assembleia Legislativa. Miss Janaina, minha querida, lhes digo que há um princípio jurídico de que o objeto da causa invalida o ato, quando acontece a demissão. O gestor estava em função de cargo comissionado como este que lhe foi confiado e pagou pela atitude. Ademais, a Casa em pertinência é a base das políticas públicas existentes e as latências em questão não pararão jamais, como nunca parou. Questão de conveniências.
Porque Elias iria pressionar os servidores do legislativo? Seria subestimar Eduardo Botelho, novo presidente. Seria ignorar o próprio servidor que os conheço de longas datas e sei que não são ‘bobós cheira-cheira’ como popularizou Mr. Taques. Não sou seu advogado, mas se o fosse diria para consistir a melhor gestão humana com os recursos que sua inteligência lhe permite, até porque, dois anos se passam como uma noite de sono. E nesta pasta, uns bons e muito deles em pesadelos. Gian Castrillon, que a deixa, sabe do que estou falando. A mana Jéssica Gioavanna quando perdeu seu TCDGAS-3 no Tribunal de Contas do Estado (TCE), em 2014, por exemplo, denota a incoerência desta oposição.
Por sua vez Zeca Viana afirmou que “o ex-Metamat poderá manter o comportamento, coagindo servidores para apoiar o grupo do presidente empossado e do governador Pedro Taques”. Por acaso, mestre da piscicultura e da Viana Trading Importação e Exportação, propriedade de Pedro e Patrícia Viana, irmãos do deputado e do ex-prefeito de Primavera do Leste, Getúlio Viana, o que tem por trás desta declaração?
Acredito existirem grandes brigas e batalhas a se enfrentar. Uma é a reforma tributária, das imprescindíveis, a julgar o clamor do empresariado e da sociedade. Neste quesito, vossa excelência ganhou ‘10’ quando se pronunciou. Destarte, outras proposituras tramitando na Casa Cidadã, que tanto um como a outra sabem a valia.
O papel-mor de um deputado é legislar e fiscalizar a aplicação dos recursos arrecadados pelo Estado e a seus entes a devida aplicação em custeio e investimentos coletivos. Sem oposição é o mesmo que um texto sem letra, entretanto ela deve ser coerente em todos os aspectos. A não ser que se queira usar o ‘nikname off opportunist and demagogue’ ou ainda insuflar os tetos de vidro daqueles que os tem.
Deixem o homem trabalhar (sem a eloquência petista), aliás, unamo-nos em defesa do coletivo e do bem estar social.
Ubiratan Braga é jornalista e publicitário em Cuiabá