O advogado Edson Luiz da Silva, 39 anos, foi preso nesta quinta-feira (19) após ser flagrado com cerca de 330 quilos de entorpecentes, entre maconha e pasta base de cocaína, em Várzea Grande. O jurista também foi preso por porte ilegal de arma, pois estava com uma pistola. A informação é do Programa do Pop, da TV Cidade Verde. 

De acordo com a Polícia Militar, o flagrante aconteceu durante patrulhamento pelo bairro Costa Verde, quando, por volta das 23h, a equipe da Força Tática abordou um veículo Toyota Corolla branco. O condutor apresentou bastante nervosismo ao se deparar com as viaturas policiais.

Ao checar a documentação do suspeito, os militares identificaram diversas passagens policiais por crimes como lesão corporal, receptação, estelionato, ameaça, entre outros. Durante a vistoria ao carro, a equipe encontrou uma pistola de calibre 9mm, carregada com 20 munições. Ao ser questionado sobre o objeto, o suspeito confessou que estava com a arma para sua proteção pessoal, pois era responsável pela guarda de uma grande quantidade de drogas em Cuiabá.

Diante dessa afirmação, os policiais se deslocaram até o endereço informado pelo traficante, que era um terreno baldio no bairro Cidade Verde. Em buscas na localidade, os militares encontraram 199 tabletes de maconha e 132 tabletes de pasta base de cocaína espalhados pelo terreno.

O suspeito recebeu voz de prisão e foi conduzido, junto com todo o material apreendido, para a Central de Flagrantes.

TENTATIVA DE HOMICÍDIO

No início de março, Edson e sua mulher sofreram uma tentativa de homicídio no bairro Jardim Marajoara, em Várzea Grande. Criminosos bateram à janela da casa das vítimas, identificando-se supostamente como policiais. Em seguida, invadiram a residência, agrediram uma das vítimas e procuraram pelo advogado. Na sequência, os criminosos dispararam contra o banheiro onde estava o advogado e atingiram a esposa dele no braço, fugindo em seguida.

Em junho, o coautor da tentativa de homicídio contra o advogado e sua esposa foi preso em uma ação da Delegacia de Homicídios de Cuiabá, com apoio das Polícias Civis de Goiás e Tocantins. No momento da prisão, em Trindade, na região metropolitana de Goiânia, o criminoso apresentou uma identidade falsa.

O suspeito preso, identificado como William Lopes da Silva, usava o nome falso de Marlon Rafael da Silva Moriano. Durante a investigação para esclarecer a autoria da tentativa de homicídio ocorrida em março deste ano, a equipe da DHPP de Cuiabá apurou que o nome utilizado por um dos autores do crime, que supostamente nasceu no interior da Bahia, também aparece em documentos de outra pessoa do estado do Pará, todos com o mesmo número de CPF.

 

Responsável pelo inquérito policial, o delegado Olímpio da Cunha Fernandes informou que, no momento da prisão em Goiás, o investigado usava um terceiro nome, com documento falso, na tentativa de ocultar sua verdadeira identidade. William foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime cometido contra o advogado e sua esposa.

A investigação apurou que William era cliente da vítima, mas, após seis meses, o advogado se encontrou com ele e informou que estava deixando a defesa, quando foi ameaçado com a seguinte expressão: "Se você não resolver meu problema, seu prazo será até amanhã, eu te acho, nem se for na tua casa".

O outro autor da tentativa de homicídio foi identificado como cunhado de William e reconhecido por uma das vítimas como um dos responsáveis pelos disparos. H.P.S. foi preso logo após o crime, próximo à cidade de Jataí, no sudoeste de Goiás, em ação da Polícia Rodoviária Federal, quando fugia de Cuiabá.

Os policiais rodoviários identificaram o veículo com a mesma descrição do que ele conduzia e o interceptaram na rodovia, sendo preso em flagrante pelo crime. Os dois criminosos foram indiciados no inquérito da DHPP pelo crime de homicídio qualificado tentado.