Polícia Quarta-Feira, 30 de Abril de 2014, 10h:00 | Atualizado:

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Estado tem mais de 6 mil registros de agressões a mulheres

 

Da Redação

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Balanço nacional de acesso ao Disque 180, aponta que em 2013, em números absolutos, a demanda de atendimento para o estado de Mato Grosso foi de 6.364. Uma taxa de 428,52 a cada 100 mil mulheres. O levantamento foi realizado pela Central de Atendimento à Mulher.

A cidade de Ponte Branca se destacou entre os municípios que procuraram o serviço. Com taxa de registro de 1.277,58 por 100 mil mulheres, liderando a classificação estadual. Logo em seguida, aparecem Rondolândia e Rondonópolis, apresentando taxas de 1.132,30 e 672,95 respectivamente.

Estes dados colocam Mato Grosso em 19º lugar, das 24 Unidades Federativas do Brasil. De acordo com a delegada Claudia Maria Lisita, da Delegacia da Mulher de Cuiabá, esse número causa espanto, uma vez que, atualmente, o fluxo de denúncias de violência contra a mulher é muito grande. “Eu não tenho certeza de como funciona o Disque 180, já que o sistema é federal. Mas falando regionalmente, esse número é bem maior. Temos denúncias diariamente, e com uma frequência muito alta”.

A delegada explica o porquê dessa estatística estar cada vez mais crescente. “A população vem desempenhando um papel fundamental, quando se trata de punir pessoas que cometem crimes de violência contra a mulher. A maioria das denúncias que recebemos não é da vítima, é de parentes, amigos ou vizinhos, que na maioria das vezes preferem não se identificar. Graças a Deus, deixaram de lado aquele ditado de que em briga de marido e mulher não se mete a colher”.

A assistente social, especializada em violência doméstica, Cilene de Oliveira Paixão fala dos fatores sociais que vêm colaborando para a punição de agressores. “A conscientização com relação a esse tipo de violência vem sendo desempenhada por órgãos públicos, com a ajuda até mesmo dos veículos de comunicação de uma forma bem eficaz, o que ajuda na redução dos crimes contra a mulher”.

Ela fala ainda dos possíveis motivos que bloqueiam a vontade da mulher agredida de ir atrás de ajuda. “A mulher que apanha dentro de casa e não denuncia é porque, muitas vezes, possui um vínculo familiar muito forte, como filhos, por exemplo. Ou ainda, por ter uma dependência financeira do companheiro e nos últimos casos, por medo de sofrer algo pior que as agressões. Acredito que é aí que o Estado deixa a desejar, porque falta apoio moral a essas mulheres”.





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