Polícia Quinta-Feira, 19 de Setembro de 2024, 18h:25 | Atualizado:

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GUERRA

Faccionado de MT que esquartejou ex-aliado é preso tomando cerveja no DF

Foragido da Justiça de MT, ele curtia a vida de boa no Distrito Federal

BRENDA CLOSS
Da Redação

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corpo Joao Filho da Silva Amaral, vulgo ?Nego Joao, Tapurah.jpg

 

Jovito Pereira de Souza, de 20 anos, foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal nesta quarta-feira (18) após uma caçada realizada em parceria com a Polícia Civil de Mato Grosso. Membro da facção criminosa Comando Vermelho (CV), ele era procurado pela justiça mato-grossense desde 2023 por ter participado da morte de João Filho da Silva Amaral, vulgo “Nego João”. Conforme o portal Metrópoles, no momento em que o foragido foi abordado, ele estava na frente de um supermercado, em um venda de churrasquinho, tomando cerveja com colegas do trabalho. 

Além disso, Jovito é apontado como integrante do “tribunal do crime”, quando as próprias facções conduzem um julgamento com sentenças sumárias e condenações que vão do espancamento a homicídios. No caso de "Nego João", ele foi morto e esquartejado em diversos pedaços, que posteriormente foram ocultados em um rio, só sendo localizados com intenso empenho das forças policiais.

A motivação seria porque o faccionado teria “virado a casaca” e migrado para a facção rival ao CV, o Primeiro Comando da Capital (PCC). O crime foi praticado no dia 5 de novembro de 2022. Na data, Jovito, "Nego João" e outros três comparsas estavam num bar da cidade de Tapurah, frequentado por outros integrantes da facção criminosa. 

A investigação descobriu que uma mulher próxima aos faccionados teria coagido duas adolescentes a se aproximarem de João dentro do estabelecimento e convencê-lo de seguir com as jovens até uma casa, onde estavam dois outros integrantes do CV prontos para a emboscada.

Quando chegou ao imóvel, por volta das 2h, João teria sido recebido com um tiro no rosto, disparado por um dos criminosos que estavam no seu aguardo. Os faccionados esquartejaram a vítima e deixaram partes do corpo às margens do Córrego Barela. Conforme as investigações, quem atirou e matou João foi Marcos dos Santos Souza. Ele foi preso em flagrante enquanto transportava carregamento de 160 tabletes de cocaína na BR-163, em dezembro de 2022.

Os demais comparsas, sendo Eduardo Xavier Silva, José Carlos Dias da Silva e Thiago Júnior de França Dias, foram presos em janeiro de 2023, durante a Operação Discipulus 3. Jovito era o último envolvido no crime, até então foragido. Ao converter as prisões temporárias em preventivas, o juiz Bruno César Singulani França, da Vara Única de Tapurah, apontou a "ousadia" e a "periculosidade" dos criminosos em querer formar um "estado paralelo".

"Importa considerar que a permanência dos réus em liberdade é estímulo à reiteração criminosa, bem como fomenta a crença na impunidade, o que lhes incentiva a prosseguir na escalada delitiva. É patente a ousadia e periculosidade dos agentes que, de forma covarde e sem nenhum pudor, assassinaram, esquartejaram e ocultaram o corpo da vítima como forma de punir um crime, como se fossem uma espécie de estado paralelo", destacou.





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