Polícia Sexta-Feira, 30 de Agosto de 2024, 20h:35 | Atualizado:

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MÁFIA DA COBRANÇA

Justiça mantém prisão de "barão do agro" por tomar casa de família em MT

Leandro Mussi move recuperação judicial de R$ 300 milhões

ALEXANDRA LOPES
Da Redação

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A Justiça converteu nesta sexta-feira uma prisão em flagrante em preventiva contra o empresário da cidades de Lucas do Rio Verde, Leandro Mussi. Ele foi detido na quarta-feira, juntamente com os comparsas Marco Aurélio Camargo Pereira e Luis Lima de Souza, sob a suspeita de invadir a casa de dois irmãos, um de 19 e outro de 23 anos, no bairro Pioneiro, em Sinop, para cobrar uma dívida.

Mussi move um processo de recuperação judicial de suas empresas de cerca de R$ 300 milhões. "Uma vez preenchidos os requisitos, acolho pedido do Ministério Público e homologo a prisão em flagrante e converto-a em prisão preventiva. Oficie-se a diretoria do presídio local para que forneça os medicamentos delertopiramato e rivotril a fim de garantir a devida assistência a saúde enquanto estiver segregado", decidiiu o juiz Anderson Clayton Dias Batista.

Segundo o boletim de ocorrência, Mussie chegou à residência com dois homens e, durante a invasão, o trio obrigou as vítimas a deixar a casa. Em depoimento, o empresário afirmou que o pai dos jovens lhe devia um dinheiro e, para quitar o débito, usou a casa como entrada.

Ele também negou que tenha ameaçado as vítimas e não entendeu por que elas acionaram a polícia. Segundo as vítimas, os suspeitos invadiram o local em duas caminhonetes, uma Hilux cinza e uma Ranger branca. Um deles afirmava que as vítimas teriam que deixar a casa a qualquer custo, que não poderiam mais permanecer no local, senão 'iriam ver'.

Conforme o boletim de ocorrência, durante todo o tempo, um dos suspeitos ficou vigiando as vítimas, impedindo que elas realizassem ligações, principalmente para ligar para a polícia. Segundo o boletim , as vítimas também disseram que, na noite anterior, os mesmos suspeitos tentaram invadir a casa e que, por diversas vezes, desligaram o interruptor do padrão, para amedrontar os moradores.

Os moradores também mostraram à equipe policial um vídeo de câmera de segurança onde uma caminhonete Ranger branca teria rondado a casa durante a noite de terça e também momentos antes da equipe chegar ao local. Durante o deslocamento da equipe, essa mesma caminhonete foi vista por policiais estacionada no pátio do posto Shell que fica próximo ao local.

A equipe retornou ao local e abordou o veículo, onde no interior estava um dos suspeitos, que relatou que trabalhava para o empresário. Ele também disse que teria uma arma de fogo dentro do carro, e foi realizada uma busca, encontrando uma pistola .380 com 20 munições intactas, municiada e pronta para uso.

A arma era irregular. Na delegacia, o empresário afirmou que já tinha feito um acordo com as vítimas para desocupar a casa e que teria chamado um gerente do Banco Cresol para pegar as chaves, e negou as ameaças.

O caso que foi registrado como porte ilegal de arma de fogo, exercício arbitrário das próprias razões e violação de domicílio será investigado pela Polícia Civil.





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Comentários (1)

  • ADOLFO GUIMARÃES

    Sexta-Feira, 30 de Agosto de 2024, 23h09
  • País sem lei, agiotagem é crime.
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    0











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