Um novo vídeo da ocorrência na noite da última quarta-feira (3) no bar e restaurante Bar Tatu Bola, na Praça Popular, região nobre de Cuiabá, que terminou na detenção de um procurador do Estado, um defensor público e um homem que usava tornozeleira eletrônica, mostra que os policiais militares subiram em cima de um suspeito envolvido na confusão e agiram com violência. A Defensoria Pública do Estado se manifestou sobre a situação destacando que o defensor público e o procurador foram presos ilegalmente.
Na nota, o órgão considerou a abordagem truculenta e abusiva. Informou que os dois estavam no local com amigos após um jogo de futebol, quando um homem ensanguentado entrou no estabelecimento pedindo socorro, porque estava sendo agredido. Assista ao vído no final do texto.
A entidade afirmou que não irá tolerar qualquer tipo de abuso contra defensores públicos e que seguirá atuando firmemente para coibir situações de violência ou abuso de poder praticados por quem quer que seja.
Vale ressaltar que o comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Alexandre Mendes, avisou que irá “cortar na própria carne”. Em nota publicada nesta quinta-feira (4), o comandante PM esclareceu que não compactua com a "forma truculenta" com que os militares agiram no episódio e salientou que irá primeiro defender a tropa quando atacada de forma injusta, "mas o primeiro a cortar na própria carne caso necessário, especialmente àqueles PMs que agirem de forma truculenta e contrária às normas vigentes”, avisou o comandante PM.
Segundo a Defensoria Pública, ao solicitar que os seguranças do bar chamassem a Polícia, o defensor foi informado de que o homem era morador de rua, usuário de drogas, e que havia sido agredido justamente por policiais. Na sequência, três policiais militares voltam a imobilizar o suspeito, que grita por ajuda e afirma que não consegue respirar.
Diante da conduta excessiva, o defensor relembrou casos de abuso envolvendo policiais, como o de George Floyd, assassinado no ano de 2020 nos Estados Unidos, e resolveu intervir, gravando ação com o seu próprio aparelho celular. Nas imagens, é possível ver que o suspeito já está imobilizado, mas as agressões continuam, apesar dos pedidos de diversos clientes do estabelecimento para que a situação fosse conduzida de outra forma.
Neste momento, conforme a gravação, um dos policiais militares diz que "este é o procedimento da Polícia!". O defensor público então se dirige ao policial, tentando interromper a situação de violência, momento em que se apresenta como membro da Defensoria Pública de Mato Grosso e passa a sofrer agressões verbais, além de ter o aparelho celular que usava para filmar ação arrancado de suas mãos.
Na sequência, um segundo cliente do bar, que não estava com o defensor público e o procurador, também passa a ser fortemente agredido pelos policiais. O ato foi filmado por terceiros e amplamente divulgado nas redes sociais. Já do lado de fora do bar, ao tentar conversar com os policiais para reaver seu telefone, o defensor público recebe voz de prisão, é algemado e colocado no camburão.
Na Central de Flagrantes, o defensor público e o procurador foram liberados pelo delegado de plantão, que não encontrou provas de ocorrência de qualquer crime praticado por eles. "A Defensoria Pública de Mato Grosso, ao tomar conhecimento dos fatos e em contato com as autoridades competentes, soube que a Corregedoria-Geral da Polícia Militar já atua na apuração do caso. Porém, com o objetivo de preservar a imagem das vítimas e expor a verdade dos fatos, ressalta a confiança na postura e integridade de seus profissionais, bem como na capacidade das Instituições de analisarem e conduzirem a situação de maneira firme e isenta. Por fim, reforça que não irá tolerar qualquer tipo de abuso contra defensoras e defensores públicos e que seguirá atuando firmemente para coibir situações de violência ou abuso de poder praticados por quem quer que seja", traz trecho da nota.
TAPAS E VÍDEO
Na delegacia, um major PM tirou as algemas de um dos suspeitos que não parava de xingar o soldado. Neste momento, o major desferiu um tapa no peito do soldado. O fato teria sido testemunhado pelo gerente do Tatu Bola e pelo repórter Serginho Lapada, do programa SBT Comunidade (SBT Cuiabá). O suspeito "Neguinho" foi conduzido ao Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, onde foi constatado pelo médico de plantão que ele teve escoriações pela boca e teve ombro deslocado.
Os objetos do procurador e do defensor foram entregues ao advogado deles. Os dois foram liberados.
Um vídeo que circula nas redes mostra que, durante o tumulto, um dos policiais militares do Grupo de Apoio bateu boca com o procurador. O procurador afirma que o policial o estava provocando. O policial diz a qual batalhão pertence, troca farpas com o homem, e em certo momento chega a empurrá-lo. As imagens também mostram que um homem que resistia à prisão foi agredido pelos policiais. Na rua, um homem de cabelos grisalhos também foi algemado.
NOTA
A Polícia Militar de Mato Grosso informa que tomou conhecimento das imagens registradas em um restaurante de Cuiabá, na noite desta quarta-feira (03), e determinou, imediatamente, abertura de procedimento administrativo na Corregedoria-Geral para apuração da conduta dos policiais na ocorrência com máxima transparência. A PMMT ressalta ainda que não coaduna com nenhum tipo de violência ou abuso de poder por parte dos seus integrantes.
Policial de férias
Sexta-Feira, 05 de Julho de 2024, 20h34Marcell
Sexta-Feira, 05 de Julho de 2024, 19h43Paulo Fernando
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