A edição do Cadeia Neles da TV Vila Real - que foi ao ar na última sexta-feira (23) -, entrevistou o delegado da Polícia Judiciária Civil (PJC), Maurício Maciel, que esta à frente das investigações sobre a morte. Ele explicou que o modus operandi do crime possui “similitude” (semelhança) com homicídios realizados por organizações criminosas.

“No modus operandi, no contexto já levantado, se denota uma similitude com outros homicídios que são praticados por membros de grupos criminosos. Pode-se observar pelo modo, de prática do crime, que se denota, sim, que tenha uma relação com grupo criminoso”, observou.O delegado da PJC também indicou que as investigações têm avançado, sugerindo que em breve a polícia deve chegar aos suspeitos. “No dia do ocorrido, a gente ficou até o outro dia de manhã, direto, fazendo diligências. E temos um bom material para evoluir as análises técnicas”, relatou Maurício Maciel.

Jusiley Borges Pinto foi achada estrangulada dentro do porta-mala de seu carro (Nissan Kicks) na Rodovia dos Imigrantes, em Várzea Grande, na última quarta-feira. Ela atuava como uma espécie de “captadora” e “intermediadora” entre escritórios de advocacia e famílias de presos, que buscam auxílios sociais na justiça.

Antes de ser morta, conforme as investigações preliminares, ela foi “atraída” para uma residência em Várzea Grande, que teria sido o local do homicídio. A vítima era uma das investigadas da operação “Ativo Oculto”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) no início de 2023. O principal alvo das diligências foi o “chefe” do Comando Vermelho de Mato Grosso, Sandro Silva Rabelo, o “Sandro Louco”.

Conforme as investigações, Jusiley era usada como “laranja” do Comando Vermelho, e próxima à Thaisa Souza Silva Rabelo, esposa de “Sandro Louco”.