O ex-policial civil José Nilson de Freitas, 64 anos, e os comparsas Everaldo da Silva Nascimento, 44 anos, e Jadilson Nunes de Almeida, 42 anos, que foram presos sob a suspeita de extorquir e ameaçar um empresário em Cuiabá para que ele assumisse o pagamento de uma dívida no valor de R$ 150 mil na última terça-feira (4), foram soltos após pagamento de fiança. A decisão é da juíza Silvana Ferrer Arruda, do Núcleo de Audiências de Custódia de Cuiabá.
Cada um teve que pagar R$ 1 mil. No despacho, Silvana Ferrer pontua que os autuados são tecnicamente primários e que não encontrou óbice para a concessão de sua liberdade provisória. No entanto, diante da gravidade do fato, conforme relatado pela vítima à Polícia Civil, a magistrada ordenou a aplicação de medidas cautelares como o monitoramento, com o objetivo de resguardar a integridade física e psicológica da vítima.
A prisão do trio foi realizada pela equipe de investigação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá. Com os suspeitos, foram apreendidas duas armas de fogo: um revólver calibre .38 e uma pistola .40, além de 13 notas promissórias e 19 folhas de cheques de terceiros avaliadas em R$ 1 milhão.
Os três "cobradores" ameaçaram a vítima para que ela assumisse o valor de dívida que, supostamente, foi contraída por uma pessoa que prestou serviços à sua empresa de revenda de veículos, no bairro Duque de Caxias. A vítima procurou a delegacia especializada e relatou que vinha sofrendo ameaças reiteradas para que quitasse a suposta dívida, a qual foi gerada por quem reformou o prédio da garagem de veículos, sem vínculo com a empresa.
Em março deste ano, os cobradores foram à garagem e cobraram o prestador de serviços, que informou aos suspeitos que tinha um pagamento a receber pela obra. Assim, a vítima acabou acertando com o construtor pelo serviço realizado; no entanto, os cobradores acharam que a vítima tinha a obrigação de pagar a dívida.
Após diversas ameaças, a vítima, intimidada, acabou pagando alguns valores e entregou uma motocicleta modelo Ducati Enduro, no valor de R$ 75 mil. Mesmo após a entrega da motocicleta, os cobradores continuaram a ir à loja da vítima, ao menos uma vez por semana, tentando extorqui-la, e posteriormente procuraram-na para desfazer o negócio da motocicleta e receber o valor em dinheiro.
Na terça-feira, os cobradores foram novamente à loja da vítima e um deles, mostrando a arma de fogo, disse que estava de "cabeça quente" e que não sairia do local sem receber o pagamento. Uma equipe da Derf de Cuiabá chegou ao local e flagrou os três cobradores, um deles, um policial aposentado, se recusou a obedecer à abordagem.
Durante o interrogatório na delegacia, os três negaram terem ameaçado e coagido a vítima. Um deles alegou ainda que foi à garagem "apenas" acompanhando uma amiga, onde conversaram amigavelmente com a vítima para solucionar a dívida, e que os outros suspeitos que estavam com ele no momento da prisão são seus amigos.
O caso segue sob investigação.
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