O senador Blairo Maggi (PR) informou que não descarta a possibilidade de ingressar com representação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra o procurador de Justiça, Siger Tutiya, autor de uma ação civil pública que atribuiu exclusivamente ao republicano a responsabilidade pelo superfaturamento de R$ 44 milhões na aquisição de máquinas e caminhões pelo governo do Estado em 2010, no programa MT 100% Equipado.
“O único caminho que o cidadão tem quando se sente prejudicado é recorrer ao Conselho Nacional do Ministério Público. É uma possibilidade que estou avaliando. Ainda não descarto”, disse.
No despacho da juíza Célia Regina Vidotti foi constatado que não havia nenhum fato novo, uma vez que, o processo já havia sido encerrado pela Justiça Federal. “Indefiro a petição inicial e, por conseguinte, julgo extinto o processo”, diz trecho da decisão.
A ação civil pública exigia o bloqueio dos bens na ordem de R$ 44 milhões e a inelegibilidade de Maggi pelo período de 8 anos.
Maggi ressaltou que a própria magistrada citou como “estranha” a ação civil pública e, em sua visão, decidiu classificá-la de descabida. “Essa ação ficou 4 anos no Ministério Público e 2 anos na mão do procurador de Justiça. Pedi em três ocasiões para ser ouvido e em nenhuma vez fui atendido”, ressalta.
Questionado se observava algum cunho político na propositura da ação civil pública, Maggi preferiu não citar ninguém nominalmente, mas deixou claro que observa a conotação política.
“Talvez as pessoas com o cunho de querer ajudar alguém acabam atrapalhando”, comentou.
Paulo Justos Kuiabano
Sexta-Feira, 02 de Maio de 2014, 09h05