O deputado estadual Dilmar Dal Bosco (PSD-MT) propôs pagar R$ 210 mil para se “livrar” da ação penal em que é suspeito de receber uma propina, do mesmo valor, para “sabotar” a concessão do transporte rodoviário de passageiros no Estado, alvo da operação “Rota Final”. No fim do mês de maio de 2024, o desembargador Marcos Machado, do Tribunal de Justiça (TJMT), rejeitou o acordo de não persecução penal proposto pelo Ministério Público do Estado (MPMT), que previa que Dilmar devolveria R$ 150 mil.
Na ocasião, Machado lembrou que as investigações apontaram que o parlamentar teria recebido uma propina de R$ 210 mil e determinou que o MPMT analisasse novamente as propostas do acordo. “A manifestação apresentada pelo Naco Criminal aponta elementos de convicção, produzidos no curso da persecução penal, acerca do recebimento de R$ 210.000,00 pelo acusado Dilmar Dal Bosco a título de propina. Com essas considerações, suspende-se a presente ação penal, pelo prazo de 30 dias, para oportunizar ao Naco Criminal a reformulação, se assim entender, da proposta de acordo, com a voluntariedade do acusado Dilmar Dal Bosco e seus advogados”, determinou Machado na ocasião.
Com a nova proposta, o desembargador deve dar o aval para a homologação ou não da proposta. Caso não haja acordo, Dilmar Dal Bosco permanece réu no processo e sujeito a condenações mais severas caso a denúncia seja julgada procedente.
Segundo as investigações, uma das iniciativas da suposta organização criminosa foi a criação de uma comissão, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), em 2015, para realizar um “estudo” sobre serviços de transporte rodoviário de passageiros no Estado. A comissão, porém, foi criada atendendo a uma demanda de empresários do setor, que tinham interesse na manutenção dos contratos de suas empresas de transporte.
Sem a concessão - imposição de qualidade mínima do serviço de transporte de passageiros, além de política tarifária justa -, as empresas de ônibus “fazem o que querem” por meio de seus contratos precários para exploração de linhas. Segundo os autos, o relatório final desta comissão – que tinha presidência e relatoria dos então deputados Pedro Satélite e Dilmar Dal Bosco, respectivamente -, e que recomendou a manutenção dos contratos precários, sequer foi assinado pelos então parlamentares.
MARCIO FURIOSO
Quinta-Feira, 04 de Julho de 2024, 08h50TODOS
Quinta-Feira, 04 de Julho de 2024, 08h11Cidadão pagador de impostos
Quinta-Feira, 04 de Julho de 2024, 08h07Kv
Quinta-Feira, 04 de Julho de 2024, 06h35Paulo
Quinta-Feira, 04 de Julho de 2024, 01h47Marcos justos
Quarta-Feira, 03 de Julho de 2024, 23h17Eloi Wanderley
Quarta-Feira, 03 de Julho de 2024, 23h16