O deputado Júlio Campos (UB) analiosu que a conclusão da obra do Bus Rapid Transit (BRT) em Cuiabá e Várzea Grande será determinante para o futuro político do governador Mauro Mendes (UB), especialmente caso ele tenha pretensões eleitorais para o Senado Federal, em 2025. O parlamentar destacou que a população da Baixada Cuiabana já perdeu a paciência com a indefinição do projeto de mobilidade urbana e que um novo impasse com a rescisão do contrato com o Consórcio pode comprometer a imagem do gestor.
“É uma obra vital para o sucesso político do governador Mauro Mendes. Como disse o deputado Eduardo Botelho, se essa obra do BRT não for concluída, dificilmente o governador terá sucesso numa eleição futura para o Senado. A repercussão seria muito grande e a população não iria perdoar”, avaliou o cacique durante entrevista à Rádio CBN Cuiabá, nesta quinta-feira (06).
A obra do BRT, que substituiria o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) inicialmente previsto, enfrenta uma série de entraves, incluindo o rompimento do contrato com as empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A, Heleno & Fonseca Construtécnica S.A, e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda, responsáveis pelo modal. Desde o anúncio da mudança, o governo de Mato Grosso tem enfrentado resistência política com o ex-prefeito da capital, Emanuel Piunheiro (MDB), que impediu o avanço das obras.
“Torço para que haja o bom senso, não haja judicialização. O povo cuiabano não aguenta mais sofrer por essa demanda. Estamos aqui desde 2012, quando Silval Barbosa inventou de fazer o VLT para a Copa do Mundo. Pedro Taques paralisou e Mauro Mendes encerrou e agora não está saindo nada. O pessoal já perdeu a esperança e chama de conversa fiada”, declarou Júlio Campos. Júlio Campos reforçou que a conclusão do BRT é fundamental para consolidar a aprovação do governador junto ao eleitorado da Baixada Cuiabana, região que representa um terço do eleitorado mato-grossense.
Segundo Campos, embora Mauro Mendes tenha uma gestão bem avaliada com avanços em infraestrutura, saúde e desenvolvimento econômico, mas a indefinição sobre o transporte público na região metropolitana de Cuiabá ainda é um ponto de desgaste. “Cuiabá e Várzea Grande são ressonâncias políticas. Nunca nenhum candidato ganhou eleição perdendo aqui na Baixada Cuiabana porque somos mais de um terço do eleitorado mato-grossense. É onde está a imprensa repercutindo. Claro que o Governo é bem avaliado, mas essa obra é emblemática porque é a principal da Baixada”, concluiu.
A obra do BRT segue travada. Na quarta-feira (05), o Governo Estadual anunciou a rescisão com o consórcio responsável pelas obras do BRT.
A obra iniciou em 24 de outubro de 2022 e tinha prazo para ser completamente entregue em 13 de outubro de 2024. Após mais de dois anos e três meses desde a ordem de serviço, o consórcio só conseguiu executar pouco mais de 18% do empreendimento, além de não honrar compromissos com fornecedores.
Wagner
Sexta-Feira, 07 de Fevereiro de 2025, 07h45guaraná ralado
Sexta-Feira, 07 de Fevereiro de 2025, 07h41